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Recebo PMDB de braços abertos, afirma petista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a nomeação de Edison
Lobão, o presidente Lula cumpre a promessa que havia feito
ao PMDB, mas que vinha postergando desde o ano passado
diante das pressões da ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil).
O PMDB passa agora a controlar 6 das 37 pastas da Esplanada. Também são peemedebistas os ministros da Integração Nacional, Agricultura, Saúde, Comunicações e Defesa.
Lula negou que estava chateado com a indicação: "Lobão,
só pode pensar isso de mim
quem não me conhece. Em primeiro lugar, eu aprendi, e por
isso sobrevivi e cheguei aqui, a
manter relação política no
maior respeito, seja com aliados ou com adversários. Na medida em que um companheiro é
indicado por um partido político que tem tido a relação democrática que tem conosco, como
o PMDB, ou como os outros
partidos aliados, eu me reservo
o direito de receber as pessoas
de braços abertos".
Lula falou em "aliança estratégica" ao se referir ao PMDB,
mas confessou que o "ideal" seria governar sozinho: "O ideal
do mundo era que nós pudéssemos ganhar as eleições e sozinhos elegermos 400 deputados, 70 senadores e não precisar de ninguém. Isso é ilusão. O
Sarney conseguiu fazer 300 e
poucos constituintes, 23 governadores de Estado e teve dificuldades para governar o país
porque dentro do próprio partido as cabeças pensantes e divergentes pensam diferente do
presidente". Responsável pela
indicação de Lobão, o senador
José Sarney (PMDB-AP) não
foi à posse, prestigiada pelos
demais integrantes da cúpula
do PMDB -inclusive pelo senador Renan Calheiros (AL).
No discurso, Lula disse que a
vida de Lobão foi pesquisada
com "lupa", mas que, apesar da
torcida dos adversários, ele
acabou nomeado.
(LS E HM)
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