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REFORMA
Como os governistas são maioria na Casa, expectativa é de aprovação
Senado vota na terça-feira projeto que taxa servidor
da Sucursal de Brasília
O Senado vai
votar na próxima terça-feira o
projeto de lei
que institui a cobrança previdenciária dos
servidores públicos federais inativos e aumenta
a contribuição dos que estão na
ativa.
A expectativa é que seja aprovado sem dificuldades, já que o governo tem maioria no Senado.
Ontem, no final da manhã, o plenário aprovou rapidamente o requerimento dos líderes partidários
pedindo urgência para a votação.
O projeto foi aprovado anteontem
à noite na Câmara dos Deputados,
após quatro tentativas fracassadas,
por 335 votos favoráveis, 147 contrários e quatro abstenções.
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
disse que a votação na Câmara foi
"mais uma demonstração do espírito público e do civismo do Legislativo".
O senador disse que a votação,
que considerou expressiva, mostra
a "preocupação do Congresso em
aprovar as medidas do ajuste fiscal" proposto pelo governo.
ACM afirmou que, após a aprovação desse projeto pelo Senado,
ficará faltando apenas a aprovação
da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) pela Câmara para concluir a
apreciação das propostas do ajuste
fiscal.
O relator do projeto no Senado
será o tucano Osmar Dias (PR).
Durante a votação do pedido de
urgência, manifestaram-se contra
a cobrança da contribuição dos
inativos os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Roberto Freire
(PPS-PE), Ademir Andrade (PSB-PA), Antonio Carlos Valadares
(PSB-SE) e Geraldo Cândido da
Silva (PT-RJ), que assumiu no lugar de Benedita da Silva, eleita vice-governadora do Rio.
²
Contribuição
O projeto aprovado na Câmara
isenta da contribuição os inativos
que recebem benefícios de até R$
600. Também não terão de pagar
os inativos que tenham mais de 70
anos e os inválidos que recebam
até R$ 3.000.
Os demais -ativos ou inativos- terão três faixas de contribuição. Até R$ 1.200 incidirá a alíquota de 11%.
Para os inativos, essa alíquota será cobrada sobre R$ 600, pois os
R$ 600 restantes estão na faixa de
isenção.
Na parcela entre R$ 1.201 e R$
2.500 será cobrada alíquota de
20%. Dos que recebem acima de
R$ 2.500, será cobrada alíquota de
25%.
A cobrança será feita progressivamente, a exemplo do que ocorre
com o Imposto de Renda.
O projeto prevê que as alíquotas
progressivas valerão até o final de
dezembro de 2002. A partir dessa
data, ativos e inativos pagarão a
alíquota única de 11%, mantidas as
isenções.
Atualmente, os servidores que
estão na ativa contribuem com
11%. Os inativos são isentos.
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