São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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PAINEL

Pré-requisito
Ao receber ontem a bancada estadual do PSDB, que foi lhe manifestar apoio na disputa interna pela candidatura presidencial, Geraldo Alckmin afirmou que, "se for o escolhido", deixará o governo no dia 31.

Edição revisada
Os deputados não entenderam o uso do condicional, até então ausente nas declarações do governador. Um deles sugeriu: "Saia antes para mostrar que é macho!". Alckmin fez que não ouviu, e o assunto foi encerrado.

Política é destino
Tão logo iniciada a entrevista coletiva que se seguiu ao almoço de Alckmin com o trio FHC, Tasso Jereissati e Aécio Neves, um celular começou a tocar o hino do Santos. O governador interpretou os acordes de seu time como um sinal de sorte.

Alta ansiedade
Inclinada para José Serra, a cúpula do PFL está subindo pelas paredes com a persistência de Alckmin. "Ser responsabilizado por uma derrota é coisa muito séria", adverte um cardeal.

Fundo do baú
Até o resgate de Lila Covas para o noticiário é atribuído por pefelistas ao Palácio dos Bandeirantes. Já serristas apontam o correligionário José Anibal, a quem chamam de "hortelão da República", como mentor dos ataques da viúva ao prefeito.

Medalha de ouro
Comentário de petista graúdo para tucano idem: "Olhe que vocês vão acabar ganhando de nós na modalidade tiro no pé".

Fashion 2006
A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, passou a exibir um piercing no nariz. Em formato de estrela, o símbolo do PT.

Optando
A vereadora Soninha (PT) se diz "inclinada" a apoiar Aloizio Mercadante contra Marta Suplicy na sucessão estadual.

Pré-temporada
A inesperada ênfase com que o PT, de modo articulado, questionou o relatório sobre fundos de pensão de ACM Neto (PFL-BA) foi lida pela cúpula da CPI dos Correios como o primeiro sinal de que haverá guerra na discussão do texto final de Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Filme queimado
Ao ser libertado ontem, após quatro dias preso por escrever carta com ameaças ao senador Delcídio Amaral (PT-MS), o segurança Marcos de Oliveira disse que queria apenas ser como Kevin Costner, em "O Guarda-Costas", para o ex-patrão.

No ataque 1
Nilmário Miranda (PT-MG) enviou ontem ofício à Procuradoria-Geral de Justiça pedindo análise sobre eventual infração da ética pública por parte de Danilo de Castro, secretário de Governo de Aécio Neves. Em 2003, ele recebeu presente de R$ 2.730 da SMPB de Marcos Valério.

No ataque 2
Promotores de Minas abriram investigação para apurar o empréstimo de R$ 707 mil do Rural à SMPB, que teve Castro e o presidente do Legislativo mineiro, Mauri Torres (PSDB), como avalistas. Querem saber se houve uso eleitoral do dinheiro.

Capítulos finais
A Mesa da Câmara se reúne hoje com a assessoria jurídica e o corpo médico da Casa para discutir a aposentadoria por invalidez de José Janene (PP-PR). O presidente Aldo Rebelo (PC do B-SP) receberá o parecer sobre a possibilidade de o mensaleiro se candidatar novamente.

Visita à Folha
Rodrigo Cesar Rebello Pinho, procurador-geral de Justiça de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Gabriel Bittencourt Perez, chefe-de-gabinete da Procuradoria Geral de Justiça.

TIROTEIO

Do deputado estadual Enio Tatto (PT-SP) sobre a possibilidade de prévias no PSDB para a escolha entre José Serra e Geraldo Alckmin como candidato:
-É um partido muito esquisito. Até agora, tem um pretenso candidato brigando contra alguém que nem sequer anunciou candidatura. Depois dizem que no PT ninguém se entende.

CONTRAPONTO

Decolagem abortada

O senador José Jorge (PFL-PE) estava no aeroporto do Rio no início da semana quando foi abordado por um homem que também aguardava o vôo.
-Senador, gostaria de parabenizá-lo pelo seu trabalho, -disse o desconhecido.
O pefelista agradeceu, mas o interlocutor continuou olhando para ele em silêncio.
-O senhor não está me reconhecendo?-, perguntou ele.
-Infelizmente, não.
-Sou o Nilton Monteiro, aquele da lista de Furnas.
José Jorge o cumprimentou e ia saindo, mas o lobista insistiu:
-Senador, eu quero depor na CPI dos Correios, quero depor!
Como o resto da oposição, o senador tem questionado a veracidade da lista de Furnas, que estaria em poder de Monteiro. Por isso, cortou a conversa:
-Primeiro, apresente o original dessa lista. Se o senhor fizer isso, aí a CPI o convoca.


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