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Desempenho pessoal de Lula recebe avaliação melhor que a do governo
DA REDAÇÃO
Não foi a melhora do nível de
avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva que levou o presidente de volta à liderança da corrida eleitoral. Em relação à pesquisa Datafolha realizada há três
semanas, ficou praticamente inalterada a proporção de eleitores
que considera seu governo ótimo
ou bom (37%), regular (39%) ou
péssimo (22%).
A imagem pessoal do presidente melhorou muito. O desempenho pessoal de Lula é tido hoje como ótimo ou bom por 53% dos
eleitores. Não houve avaliação
pessoal de Lula na pesquisa do
início do mês. Em outubro de
2005, Lula ele mesmo era ótimo
ou bom para 40% dos eleitores.
O índice de avaliação pessoal do
presidente, a diferença entre "ótimos" e "péssimos", subiu nesses
meses de 20 pontos positivos para
39 pontos positivos.
Em outubro, o índice de avaliação de seu governo era zero: havia
tantos eleitores que consideravam a gestão Lula péssima quanto
aqueles que a tinham como ótima. Na pesquisa realizada anteontem e ontem, o índice do governo subira para 15 pontos. Lula
é mais bem visto que seu governo.
Entre as duas últimas pesquisas,
o índice de avaliação do governo
quase estagnou. Como o presidente subiu muito na tabela eleitoral, a explicação para a alta da
boa vontade do eleitorado com
Lula deve estar em outro lugar.
O sentimento de otimismo com
a economia cresceu em relação ao
último levantamento deste tipo
do Datafolha, em meados de
2005. Mais eleitores consideram
que a inflação cairá, que haverá
mais emprego e consumo. Mas
não há uma relação direta, precisa
e constante entre popularidade,
voto e expectativas econômicas.
De certo é que a percepção positiva de Lula, seu governo e sua
candidatura continuam a crescer
no eleitorado que o recolocara na
disputa eleitoral, no início de fevereiro: o do Nordeste, do Centro-Oeste e pobre.
Entre os eleitores que votam no
Sudeste ocorreram as menores
variações na popularidade e na
votação de Lula. Praticamente
empatado com Alckmin nessa região, Lula superaria o governador
por 70% a 19% em um segundo
turno no Nordeste, aumentando
em 13 pontos a diferença para o
tucano. Serra bate Lula por 48% a
42% no Sudeste e é derrotado por
63% a 28% no Nordeste, região
em que Lula amplia sua diferença
em 22 pontos sobre o tucano.
Neste levantamento do Datafolha, foram entrevistadas 2.651
pessoas em 164 cidades das unidades da Federação. A margem
de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos,
com nível de confiança de 95%.
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