São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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Desempenho pessoal de Lula recebe avaliação melhor que a do governo

DA REDAÇÃO

Não foi a melhora do nível de avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva que levou o presidente de volta à liderança da corrida eleitoral. Em relação à pesquisa Datafolha realizada há três semanas, ficou praticamente inalterada a proporção de eleitores que considera seu governo ótimo ou bom (37%), regular (39%) ou péssimo (22%).
A imagem pessoal do presidente melhorou muito. O desempenho pessoal de Lula é tido hoje como ótimo ou bom por 53% dos eleitores. Não houve avaliação pessoal de Lula na pesquisa do início do mês. Em outubro de 2005, Lula ele mesmo era ótimo ou bom para 40% dos eleitores.
O índice de avaliação pessoal do presidente, a diferença entre "ótimos" e "péssimos", subiu nesses meses de 20 pontos positivos para 39 pontos positivos.
Em outubro, o índice de avaliação de seu governo era zero: havia tantos eleitores que consideravam a gestão Lula péssima quanto aqueles que a tinham como ótima. Na pesquisa realizada anteontem e ontem, o índice do governo subira para 15 pontos. Lula é mais bem visto que seu governo.
Entre as duas últimas pesquisas, o índice de avaliação do governo quase estagnou. Como o presidente subiu muito na tabela eleitoral, a explicação para a alta da boa vontade do eleitorado com Lula deve estar em outro lugar.
O sentimento de otimismo com a economia cresceu em relação ao último levantamento deste tipo do Datafolha, em meados de 2005. Mais eleitores consideram que a inflação cairá, que haverá mais emprego e consumo. Mas não há uma relação direta, precisa e constante entre popularidade, voto e expectativas econômicas.
De certo é que a percepção positiva de Lula, seu governo e sua candidatura continuam a crescer no eleitorado que o recolocara na disputa eleitoral, no início de fevereiro: o do Nordeste, do Centro-Oeste e pobre.
Entre os eleitores que votam no Sudeste ocorreram as menores variações na popularidade e na votação de Lula. Praticamente empatado com Alckmin nessa região, Lula superaria o governador por 70% a 19% em um segundo turno no Nordeste, aumentando em 13 pontos a diferença para o tucano. Serra bate Lula por 48% a 42% no Sudeste e é derrotado por 63% a 28% no Nordeste, região em que Lula amplia sua diferença em 22 pontos sobre o tucano.
Neste levantamento do Datafolha, foram entrevistadas 2.651 pessoas em 164 cidades das unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.


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