São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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CONSELHO DE ÉTICA

Tarso diz que falsificação foi "plantada"

DO ENVIADO A JUAZEIRO E PETROLINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-presidente do PT Tarso Genro, que acompanhou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em eventos no Nordeste, voltou a dizer ontem que assinou a representação do PT pedindo a cassação do deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS).
Após três laudos afirmarem que a assinatura no documento não é a de Tarso -o último de autoria da Polícia Civil do Distrito Federal-, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pode anular o processo hoje.
Tarso disse que o documento analisado pode ser falso e que teria sido "plantado" por alguém para prejudicar ele e o PT.
"A única coisa que eu afirmei é que o documento que saiu de São Paulo foi assinado por mim, e o perito provavelmente não examinou o mesmo documento. Deve ter havido uma troca. Quem o fez e por qual motivo eu não sei", disse o petista. "Eu sou uma vítima, na verdade, porque alguém falsificou a minha assinatura. Eu estou sendo vítima e exijo, peço e solicito que se investigue, porque quem está sendo vítima sou eu."
O Conselho de Ética da Câmara volta a discutir o caso hoje. "Acho que podemos concluir que essa é a melhor saída [anular o processo]", disse Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do conselho.
O PT pediu a cassação de Lorenzoni sob a acusação de que o pefelista vazou dados sigilosos da CPI dos Correios. Com a exceção da deputada Angela Guadagnin (PT-SP), os deputados que participaram da reunião de ontem do conselho argumentaram que a representação do PT não tem validade, mesmo após a ratificação feita pelo atual presidente nacional petista, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). "Não se pode ratificar algo que é nulo", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
O conselho estuda convidar Berzoini para prestar esclarecimentos e convocar o deputado Wasny de Roure (PT-DF), responsável pela entrega da representação assinada por Tarso.

Wanderval
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) rejeitou ontem, por 21 votos a 10, o recurso apresentado pelo deputado Wanderval Santos (PL-SP) contra o pedido de cassação do mandato dele. O parlamentar, que contou com o apoio do PT, argumentou que não conseguiu fazer sua defesa no processo realizado pelo Conselho de Ética. O pedido de cassação poderá ser votado em plenário no dia 15 de março. (EDUARDO SCOLESE E ADRIANO CEOLIN)


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