|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CONSELHO DE ÉTICA
Tarso diz que falsificação foi "plantada"
DO ENVIADO A JUAZEIRO E PETROLINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-presidente do PT Tarso
Genro, que acompanhou ontem o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva em eventos no Nordeste, voltou a dizer ontem que assinou a
representação do PT pedindo a
cassação do deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS).
Após três laudos afirmarem que
a assinatura no documento não é
a de Tarso -o último de autoria
da Polícia Civil do Distrito Federal-, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pode anular
o processo hoje.
Tarso disse que o documento
analisado pode ser falso e que teria sido "plantado" por alguém
para prejudicar ele e o PT.
"A única coisa que eu afirmei é
que o documento que saiu de São
Paulo foi assinado por mim, e o
perito provavelmente não examinou o mesmo documento. Deve
ter havido uma troca. Quem o fez
e por qual motivo eu não sei", disse o petista. "Eu sou uma vítima,
na verdade, porque alguém falsificou a minha assinatura. Eu estou
sendo vítima e exijo, peço e solicito que se investigue, porque quem
está sendo vítima sou eu."
O Conselho de Ética da Câmara
volta a discutir o caso hoje. "Acho
que podemos concluir que essa é
a melhor saída [anular o processo]", disse Ricardo Izar (PTB-SP),
presidente do conselho.
O PT pediu a cassação de Lorenzoni sob a acusação de que o pefelista vazou dados sigilosos da CPI
dos Correios. Com a exceção da
deputada Angela Guadagnin (PT-SP), os deputados que participaram da reunião de ontem do conselho argumentaram que a representação do PT não tem validade,
mesmo após a ratificação feita pelo atual presidente nacional petista, deputado Ricardo Berzoini
(PT-SP). "Não se pode ratificar algo que é nulo", disse o deputado
Carlos Sampaio (PSDB-SP).
O conselho estuda convidar
Berzoini para prestar esclarecimentos e convocar o deputado
Wasny de Roure (PT-DF), responsável pela entrega da representação assinada por Tarso.
Wanderval
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) rejeitou ontem, por
21 votos a 10, o recurso apresentado pelo deputado Wanderval
Santos (PL-SP) contra o pedido
de cassação do mandato dele. O
parlamentar, que contou com o
apoio do PT, argumentou que
não conseguiu fazer sua defesa no
processo realizado pelo Conselho
de Ética. O pedido de cassação poderá ser votado em plenário no
dia 15 de março.
(EDUARDO SCOLESE E ADRIANO CEOLIN)
Texto Anterior: Outro lado: Contas não são de Duda nem de seus sócios, diz advogado Próximo Texto: Frase Índice
|