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DATAFOLHA
Alckmin lidera com folga e opositor está indefinido
Tucano obtém de 41% a 46% das intenções de voto para o governo de SP em 2010
Ex-governador obtém pior resultado em confronto com Marta; Datafolha diz que favoritismo de Alckmin está ligado a "recall" de eleições
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O tucano Geraldo Alckmin,
derrotado ainda no primeiro
turno da eleição do ano passado
para prefeito de São Paulo, é o
preferido dos paulistas na corrida para governador, segundo
o Datafolha. Trata-se da primeira pesquisa de intenção de
voto nas eleições de 2010 para
governos estaduais.
Atual secretário de Desenvolvimento do governador José
Serra (PSDB), ele obtém entre
41% e 46% das intenções de voto -sempre na liderança- em
todos os cenários em que ele foi
citado.
Serra, nome mais cotado entre os tucanos para disputar a
sucessão do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva também
em 2010 e líder nas pesquisas,
não aparece em nenhum deles.
A 19 meses da eleição, nenhum dos adversários de Alckmin atinge sequer a metade de
suas intenções de voto nos cenários em que ele é apresentado. Os mais bem posicionados
são os ex-prefeitos Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP).
O melhor desempenho do tucano (46%), que governou São
Paulo de 2001 a 2006, ocorre
quando o candidato do PT é o
ministro da Educação de Lula,
Fernando Haddad. Contra
Marta, o tucano obtém seu pior
resultado (41%).
Na hipótese de o deputado
federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci concorrer
pelo PT, Alckmin chega a 45%.
O outro nome tucano apresentado pelo Datafolha, o do secretário da Casa Civil de Serra,
Aloysio Nunes Ferreira, oscila
de 2% a 3% das intenções. Ele e
Alckmin já travam uma batalha
dentro do partido e do Palácio
dos Bandeirantes pelo direito
de concorrer em 2010.
A pesquisa foi realizada entre
16 e 19 deste mês. A margem de
erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
"Recall"
O diretor-geral do Datafolha,
Mauro Paulino, diz que o levantamento mostra "amplo favoritismo de Alckmin". Mas ele ressalva que Aloysio, Haddad e o
presidente da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de São
Paulo), Paulo Skaf -também
testado em todos os cenários-,
ainda são pouco conhecidos.
"Os demais já concorreram
nas urnas muitas vezes e recentemente. A campanha para o
governo costuma ficar escondida por conta da disputa pela
Presidência, e o eleitor, por
causa disso, só se lembra dela
mais adiante", afirma Paulino.
Como exemplo, ele cita o desempenho de Paulo Maluf (PP),
que chega a liderar com 20%
quando Alckmin sai da disputa.
Também sem o ex-governador
tucano, a ex-prefeita Luiza
Erundina (PSB) atinge 14%,
seu melhor índice.
O resultado da pesquisa deve
servir de combustível para
Marta na disputa interna do
PT. Derrotada por Gilberto
Kassab (DEM) no segundo turno da eleição para a Prefeitura
de São Paulo, ela chegou a ser
apontada como nome descartado do processo.
No entanto, Palocci e Haddad, que seriam os preferidos
de Lula, ainda mostram pouca
viabilidade. O ex-ministro da
Fazenda oscila de 3% a 5%.
O ministro da Educação não
passa de 2%. Já Marta chega a
liderar com 19% no cenário
sem Alckmin e com Aloysio.
Além de Skaf (sem partido),
também foram apresentados
em todos os cenários Campos
Machado (PTB), Ivan Valente
(PSOL), Paulinho (PDT) e Soninha (PPS).
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