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DATAFOLHA
Hélio Costa lidera em todos os cenários e PT é 2º em Minas
Anastasia, vice de Aécio e possível nome do PSDB, fica em 3º e não passa dos 5%
O fato de já ter disputado duas vezes o governo do Estado contribui para que o peemedebista seja mais lembrado pelos eleitores
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB),
apresenta ampla vantagem em
relação aos demais aspirantes a
candidato ao governo de Minas
Gerais, a um ano e sete meses
da eleição. Segundo pesquisa
Datafolha, Costa lidera nas
quatro situações apresentadas,
variando de 37% a 43% das intenções de voto.
Nos dois primeiros cenários,
com quatro candidatos, ele lidera com 41%. É seguido pelo
também ministro do governo
Lula, o petista Patrus Ananias
(Desenvolvimento Social), com
11%. Na sequência aparecem o
vice-governador Antonio
Anastasia (PSDB), que tem 5%
e está empatado tecnicamente
com Maria da Consolação Rocha (PSOL), com 4%.
No segundo cenário, em que
o candidato do PT é substituído
pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, a
vantagem de Costa cai de 30
para 13 pontos. O ministro tem
37%, contra 24% de Pimentel,
sendo que a intenção de voto no
petista é maior na capital (50%)
e na região metropolitana
(45%). Costa aparece melhor
no interior, com 42%.
Na segunda situação, Anastasia -que cada vez mais vem representando o governador Aécio Neves (PSDB) pelo interior- aparece com 4% das intenções de voto. Rocha tem 3%.
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, afirma que neste
momento vale muito o "recall"
do pré-candidato. No caso de
Hélio Costa, as duas eleições
que ele disputou ao governo,
em 1990 e 1994, contribuem
para que seja lembrado.
No caso de Anastasia, o PSDB
considera que o fato de ele ser
um nome desconhecido e integrante de um governo bem avaliado lhe dá boas chances de
crescimento. O diretor do Datafolha concorda: "Qualquer
candidato que venha a ser
apoiado pelo Aécio tem potencial de crescimento".
Além disso, a partir do início
da campanha mais informações sobre os candidatos vão
surgir e eles podem se beneficiar disso. Esse pode ser o caso
também de Patrus, que comanda um ministério de Lula.
Os outros dois cenários colocados, sem um candidato do
PSDB, estão relacionados ao fato de Aécio vir a ser candidato a
presidente. Se isso ocorrer, o
PSDB cogita abrir mão de candidatura em Minas em nome da
"unidade mineira", ou seja, não
se indispor e não dividir as forças regionais para se apresentar mais forte nacionalmente.
Nesses cenários, Costa também lidera. Tem 43% contra
Patrus (13%) e 40% contra Pimentel, que aparece com 25%.
Rocha aparece com 5% e 4%,
respectivamente.
Os votos brancos e nulos variam de 17% a 23% e os que disseram não saber em quem votar, entre 14% e 17%.
Em qualquer cenário, porém,
a crise econômica poderá ser
"componente importante" dependendo do seu desenrolar.
Para o diretor do Datafolha, o
candidato do PT e o candidato
do governo estadual poderão se
enfraquecer.
A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais,
para mais ou para menos. O Datafolha ouviu 1.073 eleitores
entre os dias 16 e 19 deste mês,
em 42 municípios mineiros.
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