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Escândalos atrasam
votação de emenda
da Sucursal de Brasília
Os escândalos envolvendo os deputados Sérgio Naya (sem partido-MG), José Borba (PTB-PR) e
Valdomiro Meger (PFL-PR) mudaram o foco da Câmara, atropelando a conclusão da votação da
reforma da Previdência.
Deputados da base governista se
aproveitam dos escândalos para
deixar de votar os pontos polêmicos da reforma. Pressionados nas
bases, eles temem perder votos
nas eleições se aprovarem três
pontos fundamentais da emenda.
São eles: a criação do redutor de
até 30%, que na prática vai acabar
com aposentadoria integral dos
servidores públicos que recebem
acima de R$ 1.200; o que estabelece idade mínima para aposentadoria: 48 anos (mulher) e 53 anos
(homem) nas regras de transição e
55 anos (mulher) e 60 anos (homem) nas normas permanentes; e
a inclusão dos magistrados.
Esses três pontos ainda serão votados de forma separada. O governos precisa reunir 308 votos do total de 513 deputados para manter o
texto já aprovado pelo Senado.
"O atraso da votação demonstra
fraqueza da base", afirmou o líder
do PFL, Inocêncio Oliveira (PE).
O relator da reforma, Arnaldo
Madeira (PSDB-SP), vai propor
uma mobilização dos líderes para
votar os pontos polêmicos ainda
pendentes. "Há uma resistência
surda e subterrânea na base do governo aos pontos polêmicos",
afirma. Os líderes já não prevêem
quando a votação da reforma da
Previdência será concluída.
(LUIZA DAMÉ e DENISE MADUEÑO)
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