São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 2009 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br Negócios da China
"Wall Street Journal", "Financial Times" e até o site da revista "Time" noticiam como o crédito chinês avança pelo mundo do petróleo, para "facilitar" contratos de fornecimento com Rússia e Cazaquistão, Venezuela e Brasil. É o que Lula vai "finalizar" na viagem a Pequim no mês que vem, destaca o "WSJ", registrando que a estratégia "dá às estatais chinesas vantagem sobre concorrentes ocidentais como a Exxon". O "FT" acrescenta que, por aqui, Pequim quer suas estatais no pré-sal.
Até onde foi possível levantar, só o "WP" destacou que "Raça é tema dominante na Cúpula" das Américas e teria até servido para "aproximar os líderes". Na América Latina, onde "raça ocupa um lugar maior e mais problemático do que na Europa", Obama falou mais de sua "origem étnica, associando-se às classes mais baixas indígenas, negras e racialmente miscigenadas" da região, que "identificam os EUA com políticas econômicas que beneficiam a elite de origem europeia". Ajudou a "reduzir, mas não eliminar", o conflito com "populistas como Hugo Chávez". CALIPSO Moisés Naím, venezuelano editor da "Foreign Policy", escreve no "El País" que a mudança dos EUA sobre Cuba "não foi o mais importante" da Cúpula, e sim "as profundas divergências que separam os latino-americanos". Avalia que "muitos são mais próximos dos EUA do que de seus vizinhos" e cita Lula, que "se dá melhor com Obama do que com Cristina Kirchner". Diz que o brasileiro e o americano "coordenaram passos" para sua "Cúpula do calipso", título da coluna. CINISMO Jorge Castañeda, mexicano professor da New York University, escreve no "WSJ" que Obama só deve "acabar com o embargo" após Lula, a chilena Michelle Bachelet e o também mexicano Felipe Calderón deixarem de ser tão "incrivelmente cínicos" sobre direitos humanos em Cuba. No fim, admite que "a pressão sobre Obama para levantar unilateralmente o embargo pode se tornar irresistível" -e que, "por si mesma", a ação "pode forçar Cuba a abrir sua sociedade". UM LUGAR PRIVILEGIADO
Às vésperas da viagem a Buenos Aires, Lula deu longa entrevista ao argentino "La Nación", sob o título, entre aspas, "Não posso imaginar Brasil e Argentina separados". O texto de Ricardo Carpena abre descrevendo Lula como "o homem que conquistou um lugar privilegiado junto aos mandatários mais influentes do mundo". E pergunta, para começar a entrevista de uma hora e meia, o que seria dele se tivesse nascido no norte da Argentina. Na resposta, "certamente eu teria sido peronista, porque todo mundo era". O jornal dá "três razões para ouvir" Lula: é um "líder sem fronteiras", "um negociador nato" e levou "pragmatismo ao poder". Abrindo outro texto, o enviado diz que, "se fosse brasileiro, votaria nele". Ecoou no "Diário do Povo", via Xinhua. "BYE-BYE, BRAZIL" Ontem no "FT", "o suíço UBS tomou um grande passo para reverter sua expansão durante o boom ao vender o Pactual de volta" ao brasileiro André Esteves. No título do site da "Forbes", "UBS diz "Bye-Bye, Brazil'". Segundo a AP, o suíço quer "recuperar sua marca" pós-crise. HORA DE DIVERSÃO No site Propmark, a Globo abriu negociação com a empresa de entretenimento Time 4 Fun, de Armínio Fraga e outros, para acordo operacional ou "entrar no negócio", adquirindo a parte do ex-presidente do Banco Central. A empresa produz Cirque du Soleil e outros. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: AIB caiu também na "malha fina" da Receita Próximo Texto: Elio Gaspari: A década perdida do ressarcimento do SUS Índice |
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