|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sarney diz que aliança
com tucano é "suicídio"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador José Sarney (PMDB-AP) reforçou ontem o movimento da ala do PMDB contrária à coligação nacional do partido com o
PSDB. Ele participou, pela primeira vez, de reunião do grupo
em Brasília e redigiu a nota aprovada no encontro, que critica duramente a pré-candidatura de José Serra (PSDB-SP) à Presidência
e considera a aliança com os tucanos ""suicídio político" do PMDB.
A nota afirma que Serra "não
tem perspectiva de vitória" e que,
cada vez mais, "consolida sua
marcante capacidade de dividir,
aliada a um temperamento autoritário e personalista, além da inexistência de apelo eleitoral".
Liderado pelo ex-governador
Orestes Quércia (SP) e pelo ex-deputado Paes de Andrade, o grupo
defendia a candidatura própria
do partido à Presidência, tese
aprovada na convenção nacional
de setembro de 2001. Agora, passou a defender que a convenção
de 15 de junho rejeite a coligação
com o PSDB e libere o partido nos
Estados para formar as alianças
eleitorais mais convenientes.
Segundo Sarney, caso o PMDB
formalize a coligação nacional
com o PSDB, ficará impossibilitado de formar alianças nos Estados
com outros partidos -por causa
da verticalização das coligações
determinada pelo TSE- e poderá "reduzir à metade" sua bancada no Congresso.
O governador de Minas Gerais,
Itamar Franco, não foi à reunião,
mas enviou seu assessor especial,
Alexandre Dupeyrat, para representá-lo. Também participou
Newton Cardoso, vice-governador de Minas.
Cardoso criticou o senador Pedro Simon (RS), que integrava o
grupo oposicionista do PMDB e
agora é cotado para ser vice de
Serra. ""Parece que o Simon se
rendeu aos encantos do poder."
(RAQUEL ULHÔA)
Texto Anterior: Quem sou eu? Próximo Texto: Frases Índice
|