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São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2003

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PAINEL

Comissão de frente
FHC e José Serra vão liderar pessoalmente a oposição a Lula. A partir de junho, os dois tucanos passarão a opinar sobre todas as medidas adotadas pelo governo e apresentarão planos alternativos feitos pelo PSDB e pelo PFL. A dupla também visitará vários Estados em seminários dos dois partidos.

Método petista
A estratégia da oposição foi comunicada ontem em reunião com deputados do PSDB, do PFL, do PP e do PMDB. Avalia-se que os oposicionistas se restrinjam a 130 votos. Como não conseguirão aprovar projetos, terão de desgastar o governo Lula ante a opinião pública para se viabilizarem para 2006.

Alívio temporário
O Copom desistiu de indicar viés de baixa nos juros, ontem, para escapar das críticas diárias que sofreria até que a taxa fosse reduzida. Sem viés, a pressão será inócua, pois mudanças só podem ocorrer na próxima reunião, em 18 de junho.

Outros tempos
Em conversa reservada com petistas, Lula disse que prefere não falar com jornalistas, pois suas declarações têm muita repercussão. Brincando, admitiu "morrer de saudades": "Toda manhã, ao ligar o barbeador elétrico, saio dando entrevista achando que é microfone".

Dar o exemplo
O PT decidiu acelerar o processo de expulsão de Heloísa Helena, Babá, Luciana Genro e João Fontes, após a divulgação da fita de um discurso de Lula, de 1987, em que atacava Sarney e a reforma da Previdência. A decisão final, prevista para agosto, será antecipada para junho.

Guerra das fitas
O PT usará contra os radicais no processo de expulsão do partido a fita de um programa de TV de Sergipe, "Batalha na TV", no qual eles passaram quatro horas atacando o governo Lula e as propostas de reforma.

Tribo política
O governador Blairo Maggi (MT) enviou carta a Thomaz Bastos (Justiça), em 31 de março, pedindo que não sejam homologadas, por pelo menos 24 meses, novas terras indígenas no Estado. Alega que elas comprometeriam "definitivamente" o desenvolvimento de MT.

Pressão total
Ontem, Maggi foi a Brasília para falar do assunto com Bastos. ONGs que cuidam dos direitos indígenas prometem reagir.

Adeus à fumaça
Celso Amorim (Relações Exteriores) receberá da OMS o prêmio de "Personalidade Antitabagista" de 2003. Ex-fumante de cachimbo, o ministro coordena o tratado mundial antitabagista, aprovado anteontem.

Visitas à Folha
Maurício Novis Botelho, presidente e diretor-executivo da Embraer, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Horacio Forjaz, diretor vice-presidente de comunicação empresarial, Rosana Dias, diretora de relações com a imprensa, Mauro Salles, diretor da InterAmericana Ltda. Publicidade, e Jayme Faria de Paula Jr., vice-presidente de novos negócios da Salles D"Arcy Publicidade Ltda.
 
William Christie, diretor da Escola Owen de Pós-Graduação em Administração da Universidade Vanderbilt (EUA), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do diretor Hermano Rocha e dos professores Russel Hamilton, Marshall Eakin e Jane Landers.
 
Celita Procopio de Carvalho, presidente do Conselho Curador da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Antonio Bias Guillon, diretor-presidente, de Américo Fialdini Jr., diretor-tesoureiro, Victor Mirshawka, diretor cultural, e Márcio Chaer, da Dublê Editorial e Jornalística.

TIROTEIO

De Luis Guilherme Vieira, do movimento antiterror, sobre o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho tê-los chamado de poetas do direito penal:
- Somos poetas, mas não românticos e sonhadores. Nossa poesia não é para enganar o povo, como a pregação dos que querem aterrorizar o Estado democrático de Direito.

CONTRAPONTO

Campanha da moedinha

Adhemar de Barros concorreu à Presidência com Juscelino Kubitschek em 1955. Como não havia TV, a campanha era no corpo-a-corpo, com viagens a regiões de difícil acesso, principalmente no Norte e no Nordeste.
No Maranhão, o segundo maior reduto político era Caxias, terra natal de Édson Vidigal, hoje vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça.
Em 1955, com apenas 11 anos, houve um dia em que Vidigal não encontrava ninguém para brincar. Após muito procurar, encontrou seus amigos em uma avenida aglomerados em torno de um homem -era Adhemar em campanha pelo Estado.
Chegou mais perto para ver o que estava acontecendo. E notou que, a cada novo voto de boa sorte nas eleições, Adhemar fazia um afago na cabeça do garoto e lhe estendia uma moeda. E recebia de volta a saudação:
- A bênção, "dotô" Adhemar.


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