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Usina enfrenta resistências há cerca de 20 anos
DA AGÊNCIA FOLHA
O projeto para construir
a usina de Belo Monte, no
rio Xingu (PA), começou
há cerca de 20 anos e sempre encontrou resistências de ambientalistas, indígenas e população da região. A usina é considerada
peça-chave para atender à
demanda futura de energia elétrica do país.
Em 2007, Belo Monte
foi incluída no PAC como
obra prioritária. O leilão
de concessão está previsto
para ocorrer em 2009. A
usina, que prevê gerar
11,18 mil MW, tem custo
previsto em US$ 7 bilhões
(R$ 11,2 bilhões). Se construída, será a segunda
maior hidrelétrica do país
-Itaipu gera 12 mil MW.
Índios e pequenos agricultores criticam a instalação da usina devido aos
impactos que ela acarretará. Cerca de 15 mil pessoas
deverão ser deslocadas.
Em artigo de 2007 para
a revista "Brasil Energia",
o engenheiro Paulo Fernando Rezende, coordenador dos estudos de Belo
Monte, ferido por índios
anteontem, disse que a cota de alagamento provocada pelo reservatório será
semelhante às cheias que
ocorrem anualmente no
Xingu e que nenhuma terra indígena será alagada.
Para o professor da Unicamp Oswaldo Sevá, que
participou anteontem da
mesa de discussão com
Rezende, os impactos ambiental, social e econômico da usina serão "enormes" e prejudicarão o Xingu. Para Sevá, será preciso
abrir a mata e construir estradas para transportar
material e construir linhas
de transmissão. "Barrar o
trecho do rio onde está
prevista a instalação da
usina equivale a barrar as
cataratas do Iguaçu."
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