DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), assume interinamente a Presidência por três dias na próxima semana, quando Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel viajam para a Bolívia. Será a primeira vez em que Aécio substituirá FHC.
A interinidade de Aécio sinaliza a reaproximação entre PFL e PSDB após a disputa pela presidência da Câmara, na qual o tucano derrotou Inocêncio Oliveira (PFL-PE). Em abril, FHC estava no Canadá e o pefelista Maciel cancelou uma viagem para evitar a posse de Aécio, em protesto contra a derrota de Inocêncio.
Aécio vai ficar no Planalto de terça a quinta. Na agenda, está um jantar com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Marco Aurélio de Mello.
Embora o motivo do jantar seja homenagear Marco Aurélio, a definição do teto salarial do serviço público estará entre os assuntos. O presidente do STF defende teto de R$ 20 mil; Aécio não quer nem votar a proposta neste ano.
O presidente da Câmara confirmou para quarta a votação em segundo turno do projeto de emenda constitucional que restringe a edição de medidas provisórias. Disse que serão mantidas as sessões necessárias ao cumprimento do prazo mínimo entre o primeiro e o segundo turnos de votação.
Aécio disse que já falou com o primeiro vice-presidente da Câmara, Efraim Moraes (PFL-PB), para manter a votação do projeto e, logo após a sessão, enviá-lo ao Senado. A votação da proposta foi uma das principais promessas de campanha de Aécio.
Bem-humorado, Aécio disse que não pretende demitir ministros. Referia-se indiretamente ao governador Itamar Franco (MG), que ameaçou demitir o então ministro da Justiça, Jarbas Passarinho, ao assumir interinamente o Planalto numa viagem de Collor.



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