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OUTRO LADO
Advogado diz que servidora não "praticou ilícito"
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Dário Ruiz
Gastaldi diz que Wânia Lúcia Leal Chagas "não praticou nenhum ilícito na Procuradoria Geral da República, pois apenas fez uso de
empréstimos autorizados
informalmente e com pagamento parcial dos valores".
Ela não quis se manifestar.
O ex-procurador-geral da
República Geraldo Brindeiro disse que "o caso foi apurado, comprovado, e a servidora demitida". José Luciano Alves da Rocha continua
no cargo de coordenador de
execução orçamentária e financeira da PGR. O novo secretário-geral da PGR, Rodrigo Janot, diz que "ele foi
inocentado no processo",
tanto nos procedimentos
administrativos internos
quanto nas apurações da
Procuradoria da República
no Distrito Federal.
"Ninguém pode ser considerado culpado por ter sido
traído", alegou o ex-secretário de administração, Emival
Ferreira Freitas, em seu recurso ao TCU. Ele não foi localizado pelo jornal.
Freitas alegou que a fraude
deveria ter sido identificada
pela secretaria de pessoal.
"Jamais houve permissão ou
aquiescência para autorizar
emissões de ordens bancárias em valores superiores às
despesas efetivamente realizadas", disse.
Ele alegou ainda que "não
pode ser responsabilizado
por haver assinado de boa-fé
um documento junto com
dezenas de outros, em razão
de sua intensa atividade funcional, com todas as aparências de legalidade".
Rocha alegou ao TCU que
havia sido notificado como
testemunha, tendo passado,
sem saber, para a condição
de acusado. Disse que os
desvios foram feitos quando
Wânia Lúcia o substituía,
durante férias e recessos.
Rocha afirmou que, "com
seu comportamento doloso,
verdadeiramente maquiavélico, Wânia Lúcia iludiu inclusive a direção maior da
instituição". "Nem a auditoria foi capaz de descobri-los." "Ela tinha 17 anos de
carreira e nada que desabonasse sua conduta até então.
Havia delegação de confiança", disse à PGR.
(FV)
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