DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a história dos militantes comunistas Olga Benário (1908-1942) e Luiz Carlos Prestes (1898-1990), vista no filme "Olga", é importante num momento em que seu governo investe na auto-estima dos brasileiros e em educação política.
O casal presidencial e ministros convidados assistiram ao longa de Jayme Monjardim anteontem, no Palácio Alvorada.
Caco Ciocler, que interpreta Prestes, apóia a avaliação de Lula. "Quando estudei sobre Prestes para fazer o filme, fiquei frustrado de ver como sabemos pouco da história." Já Camila Morgado, que faz o papel de Olga, disse que os políticos presentes se emocionaram bastante. "Estavam assistindo a um filme que também mostra duas pessoas que construíram nossa história."
A interlocutores, Lula rememorou a invasão do Sindicato dos Metalúrgicos, em 1980. "A avaliação política do Fernando Henrique não se concretizou", disse, após lembrar reunião antes da invasão, em que o ex-presidente afirmou que a conjuntura não era favorável à linha dura e que não via risco de violência. "Se dependesse dele, a polícia entrava com o sindicato vazio."
Fernando Morais, autor do livro no qual o filme se baseia, disse que "mais falou do que ouviu". Signatário de manifesto pró-Hugo Chávez, ele voltou anteontem de encontro com o presidente venezuelano, que enviou "um abraço a Lula" e pediu que o escritor ficasse na Venezuela até o plebiscito de 15 de agosto.
A Monjardim, Lula contou que concluiu a leitura de "Olga" em Bernburg (Alemanha), onde Olga foi morta pelos nazistas.
Foi a última sessão de cinema do Alvorada antes da reforma que deve começar neste mês.


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