DA REPORTAGEM LOCAL

O publicitário Guilherme Sodré Martins, procurado ontem pela Folha para esclarecer as informações da auditoria da Brasil Telecom, não foi localizado. A reportagem tentou diversas vezes falar com ele em seu celular e na sua casa, na Bahia.
A assessoria do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que ontem estava em viagem, confirmou que ele e Martins são amigos "há mais de dez anos". Como publicitário, segundo assessores do senador, Martins ajudou Heráclito no marketing de uma de suas campanhas eleitorais. Heráclito é citado em cinco situações diferentes no inquérito da Operação Satiagraha, da PF, mas não é formalmente investigado.
A assessoria do Palácio do Planalto, procurada por e-mail às 18h43 de ontem, não havia dado resposta até o fechamento desta edição.
Em fevereiro de 2006, o banco Opportunity contestou na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) as "denúncias" derivadas da auditoria divulgada pelos novos controladores em entrevista concedida em dezembro de 2005. Para o banco, "[as denúncias] são desprovidas de qualquer fundamento fático e jurídico".
O banco chamou a auditoria de "misteriosa" e "ainda não concluída". Segundo a reclamação enviada à CVM (que não mencionava diretamente os serviços de Guilherme Martins), teria havido "abuso de poder de controle" e "violação, por parte dos administradores, do dever de agir no estrito interesse das companhia e do dever de informar". (AF, FM e RV)


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