Ocupações só devem cessar em agosto; órgão já negocia

DA AGÊNCIA FOLHA

Agricultores sem terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promoveram protestos e invasões ontem a seis superintendências do Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária) pelo país: São Paulo, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Ceará e Goiás.
Os sem-terra cobram do governo federal mais agilidade na reforma agrária e mais estrutura para os assentamentos já existentes. As ações marcam o "dia do trabalhador rural", que ocorre no próximo dia 25, e devem continuar até agosto.
Segundo o MST, mais de 400 pessoas ocuparam a sede o Incra em São Paulo.
Em Fortaleza, cerca de mil integrantes do MST acamparam dentro e fora do prédio do Incra -havia barracas montadas no canteiro central da avenida em frente ao órgão.
Já em Alagoas, além da ocupação do prédio do Incra, os sem-terra anunciaram a invasão da fazenda Carolina, do extinto Produban, em Teotônio Vilela (104 km de Maceió).
Em João Pessoa, eram cerca de 800 integrantes na sede do órgão para reivindicar o assentamento de 2.600 famílias.
Em Goiânia, segundo o órgão, cerca de 200 pessoas permaneciam acampadas no pátio -os sem-terra contabilizam 550 famílias.
Em São Luís (MA), cerca de cem agricultores, segundo o Incra, estão acampados no pátio externo da superintendência. Os integrantes do movimento informaram que são 600 famílias acampadas e condicionaram a saída a uma reunião com o presidente do órgão.
O Incra já iniciou negociações em todos os Estados.


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