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EXECUTIVO
Ministros não poderão mais usar cartões corporativos em viagens
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A partir de hoje nenhuma
viagem nacional dos ministros poderá ser paga por
meio dos seus cartões corporativos ou de auxiliares diretos. O presidente Lula assinou decreto instituindo valor fixo de diária para ministros, que varia de R$ 458 a R$
581 dependendo da cidade.
Em seguida, há uma segunda faixa para São Paulo,
Belo Horizonte e Salvador.
As faixas foram definidas a
partir de estudo feito pelo
Ministério do Planejamento
com base nos preços de hotéis e restaurantes.
O anúncio foi feito pelos
ministros Paulo Bernardo
(Planejamento) e Jorge Hage (Controladoria Geral da
União), que admitiram que o
governo tomou essa decisão
por causa da CPI dos Cartões
Corporativos, ano passado.
As diárias funcionaram até
a década de 90, quando foram extintas. Desde então, as
viagens passaram a ser pagas
por meio de fundos de contas
usadas para pequenas despesas (não existem mais) e os
cartões corporativos.
"Isso atende a uma das recomendações da CPI no passado. Como não existiam
mais as diárias, extintas por
medida demagógica, as despesas de viagem eram pagas
com cartão e isso era considerado não recomendável.
Ministros do Judiciário, do
TCU, todos têm diárias, menos os ministros de governo", afirmou Hage.
O decreto que sai hoje reajusta as diárias dos servidores. O valor, que hoje varia de
R$ 85 a R$ 106 passa a ser de
R$ 178 a R$ 224. Segundo
Bernardo, o impacto no Orçamento este ano será de
cerca de R$ 100 milhões e,
em 2010, de R$ 200 milhões.
O ministro não precisará
prestar contas do dinheiro.
Mas terá que devolver a diária caso cancele a viagem ou
retorne antes do previsto.
O uso irregular de cartões
corporativos por servidores
derrubou a ministra Matilde
Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção
da Igualdade Racial, que fez
inclusive compras em um
free shop de aeroporto.
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