São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 2002

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Scolari diz que participou de ato porque era "funcionário da CBF"

FÁBIO VICTOR
ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

O técnico Luiz Felipe Scolari disse ontem que só participou do ato de apoio da CBF à candidatura de Ciro Gomes após um pedido de Ricardo Teixeira. "Tu, como empregado, deves saber que eu sou funcionário da CBF. Se o teu chefe lá na Folha de S.Paulo te pedir para fazer uma redação sobre a, sobre b, tu vais fazer", disse, ao ser questionado pela Folha.
Ao lado de Cafu, Kaká e Roberto Carlos, o agora ex-treinador presenteou Ciro e seus aliados no Ceará com camisas autografadas da equipe pentacampeã mundial.
Ronaldo não participou do evento, mas depois presenteou Patrícia Pillar com uma camisa autografada e que foi entregue a Iuri, filho de Ciro.
Depois de atribuir sua participação ao "pedido" de Teixeira, que nem é mais seu chefe, o técnico lançou mão de outros motivos, os mesmos apresentados pelo cartola. "Eu participei de um ato político porque já participei de diversos atos políticos."
"Não existe partido, nada. Existe o momento. As portas estavam abertas. Quem quisesse vir aqui hoje viria. Nada mais fiz do que receber um amigo." Embora não tenha citado o nome de Ciro, Scolari deixou claro que votará no candidato do PPS, a quem já tratou como amigo em diversas ocasiões e por quem diz ter simpatia.
"Não voto nunca em partido, voto nas pessoas que eu acho que têm alguma coisa a oferecer dentro do que eu acho correto. Então meu voto será provavelmente para uma pessoa que seja minha amiga", disse. No estádio, os jogadores não deram entrevistas. No hotel, mais uma vez evitaram falar. Apenas Vampeta, admirador de ACM, que apóia Ciro, declarou voto no candidato da Frente.


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