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Procuradoria vai à Justiça por uso de carros pelo PT
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Procuradoria Regional Eleitoral entrou ontem com uma representação na Justiça contra os responsáveis pelo uso de carros do
município de São Paulo no evento
de lançamento do programa de
governo de José Genoino, candidato a governador pelo PT.
A representação é contra os
subprefeitos paulistanos Sueli Ramos (Tremembé-Jaçanã) e José
Luiz Leite (Casa Verde) e contra o
diretor de Cultura da cidade de
Pontal, Dalton Cambuy Mesquita. Segundo a Procuradoria, eles
foram os responsáveis pelo uso irregular dos carros oficiais.
O Ministério Público apura ainda outros nomes de servidores
que compareceram ao ato partidário, realizado no dia 13 de agosto, com carros oficiais.
Para a Procuradoria, esses agentes públicos participaram de um
evento "totalmente desvinculado
do exercício do cargo ou da função pública por eles exercidos,
procurando, com isso, promover
eleitoralmente o candidato a governador José Genoino".
Segundo a representação, a prática irregular afetou o equilíbrio
que deve ser mantido entre os
candidatos ao governo.
"Autoridade ou agente público
não pode usar bem móvel pertencente ao poder público", disse o
procurador Jorge Augusto Morais da Silva, que assina o documento com os promotores Arnaldo Hossepian Salles Júnior, Israel
Donizeti Vieira da Silva e José Roberto Sígolo.
Para os autores da representação, não é possível atribuir a prática irregular ao candidato petista.
Por isso, Genoino não configurará como beneficiado ou como responsável pela utilização dos veículos municipais.
A partir da notificação, os servidores apontados terão 48 horas
para fazer uma defesa escrita. Em
seguida, um juiz substituto terá 24
horas para se manifestar. A pena
prevista é o pagamento de multa
de até R$ 110 mil.
A ação é baseada no artigo 73,
da lei 9.504/97, que diz ser proibido fazer ou permitir o uso promocional de bens móveis ou imóveis
pertencentes à administração pública em favor de candidato, partido político ou coligação.
Defesa
O presidente do PT de São Paulo, Paulo Frateschi, disse ontem
que defende o trabalho de investigação, apesar de não considerar a
prática irregular.
"Não ocorreu o uso da máquina
pública. Os carros foram usados
como veículos de representação
em um ato interno. Não vejo irregularidade. Além disso, como o
evento era muito grande, era impossível para o partido controlar
como as pessoas chegavam."
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