DOS ENVIADOS ESPECIAIS A BELÉM

A segurança determinou ontem o itinerário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Belém. Alertado de que servidores e até integrantes de alas à esquerda do PT preparavam um protesto, Lula cancelou o almoço que teria em um restaurante no centro histórico da cidade e refugiou-se no cassino dos oficiais da Aeronáutica, na base aérea.
Avisados da troca, os manifestantes resolveram esperar Lula perto do teatro onde seria o lançamento da Nova Sudam. Nova frustração para eles. Lula chegou de barco, pela parte de trás do complexo onde fica o teatro.
O presidente se deslocou de helicóptero e em um navio patrulha da Marinha, para fugir do protesto, que se resumiu a um grupo de cerca de 50 pessoas, segundo a Polícia Militar: servidores, esquerda do PT e metalúrgicos exibindo faixas pela manutenção da Zona Franca de Manaus.
Uma bandeira do PT foi queimada e nomes dos deputados paraenses que votaram a favor da reforma da Previdência eram enunciados, seguidos do grito "traíra". Uma das faixas dizia: "Somos todos radicais". Uma outra, assinada, não escondia a origem do protesto: "Deputado Babá". (RC e LS)


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