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São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2003

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MEMÓRIA

Collor se elegeu com promessa de eliminar "marajás"

DA REDAÇÃO

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (90-92) se projetou nacionalmente quando governou Alagoas (87-89). Em abril de 1987, ele se recusou a pagar os salários de 273 servidores que recebiam salários elevados, por ele chamados de "marajás" (título de príncipes indianos, usado aqui para designar homens muito ricos).
"Há uma casta de funcionários, os marajás, que sempre desafiaram qualquer lei e qualquer poder. Vou combatê-los até o fim", disse Collor. Seu principal alvo era o procurador da Assembléia, Luiz Gonzaga Mendes de Barros, que recebia cerca de R$ 23,3 mil (em 98).
Sua popularidade cresceu com as reportagens sobre "o caçador de marajás". Em 1989, Collor se candidatou à Presidência pelo PRN. Foi eleito no segundo turno, derrotando Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que criticou seu slogan: "Collor diz para a televisão que é caçador de marajás, mas na verdade ele é caçador de maracujás, porque os marajás estão trabalhando para ele em Brasília".
A "caça" durou pouco. Em 90, Collor anunciou a dispensa de 360 mil servidores, mas só afastou 18 mil. O STF anulou os cortes nos salários dos servidores postos em disponibilidade.


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