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MEMÓRIA
Collor se elegeu com promessa de eliminar "marajás"
DA REDAÇÃO
O ex-presidente Fernando
Collor de Mello (90-92) se projetou nacionalmente quando
governou Alagoas (87-89). Em
abril de 1987, ele se recusou a
pagar os salários de 273 servidores que recebiam salários
elevados, por ele chamados de
"marajás" (título de príncipes
indianos, usado aqui para designar homens muito ricos).
"Há uma casta de funcionários, os marajás, que sempre
desafiaram qualquer lei e qualquer poder. Vou combatê-los
até o fim", disse Collor. Seu
principal alvo era o procurador
da Assembléia, Luiz Gonzaga
Mendes de Barros, que recebia
cerca de R$ 23,3 mil (em 98).
Sua popularidade cresceu
com as reportagens sobre "o
caçador de marajás". Em 1989,
Collor se candidatou à Presidência pelo PRN. Foi eleito no
segundo turno, derrotando
Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
que criticou seu slogan: "Collor
diz para a televisão que é caçador de marajás, mas na verdade ele é caçador de maracujás,
porque os marajás estão trabalhando para ele em Brasília".
A "caça" durou pouco. Em
90, Collor anunciou a dispensa
de 360 mil servidores, mas só
afastou 18 mil. O STF anulou os
cortes nos salários dos servidores postos em disponibilidade.
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