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Lino Rossi isenta senador tucano de culpa
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O deputado Lino Rossi (PP-MT), acusado de ser o campeão
no recebimento de propina (R$
3 milhões) da máfia dos sanguessugas, isentou ontem o senador Antero Paes de Barros
(PSDB), candidato a governador de Mato Grosso, de participação no esquema.
Em entrevista publicada no
fim de semana pela revista "Veja", o empresário Luiz Antonio
Vedoin, apontado como chefe
da máfia dos sanguessugas, envolveu o senador tucano, que
não apareceu na lista de 90
congressistas investigados pela
CPI dos Sanguessugas.
Vedoin disse que fez um
acordo para pagamento de propina a Antero por meio de Lino
Rossi. O senador nega o acordo.
Ontem Rossi convocou uma
entrevista com a imprensa em
Cuiabá (MT) para defender o
senador tucano.
"Eu vim defender o Antero
por livre e espontânea vontade
porque eu não gosto de injustiça", afirmou Rossi. "Nunca peguei dinheiro para dar ao Antero e nunca recebi nada por ele."
É a segunda vez que Rossi sai
em defesa de um congressista
acusado por Vedoin. No início
do mês, o deputado fez um comunicado por escrito dizendo
que era de sua propriedade
uma Van Fiat Dukato, a qual ficou na posse do senador Magno
Malta (PL-ES) de setembro de
2003 a julho de 2005.
Vedoin afirma que o carro foi
um adiantamento de propina
ao senador. Magno Malta nega.
O veículo foi comprado por Vedoin e entregue a Rossi em janeiro de 2002.
À Folha Antero reiterou ontem que acha estranha a citação de seu nome só na entrevista à "Veja". Ele disse que as
emendas de 2001 para comprar
ambulâncias foram canceladas
depois de conversas com o então secretário de Saúde de Mato Grosso, que não via a política
de compra com bons olhos.
Segundo Antero, o dinheiro
acabou indo, entre outras
ações, para a construção de
centros de saúde. "Essa propina é uma propina à portuguesa.
Mandou uma propina para
mim por que eu cancelei a
emenda?", ironizou.
HUDSON CORRÊA
Colaborou JOÃO CARLOS MAGALHÃES, da
Agência Folha
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