São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2006

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Tucano evita responder a provocação de Lula e diz que não comenta "grosserias'

DA REPORTAGEM LOCAL

José Serra evitou o confronto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diz que não responderá a "grosserias". Anteontem, Lula havia dito que a cúpula tucana, em especial Serra, costuma "vomitar preconceito". Era um referência às declarações do candidato tucano ao governo paulista na semana passada que ligaram as migrações ao Estado com ensino ruim. Segundo o tucano, São Paulo optou por expandir a rede estadual de educação para suprir a alta demanda. Como conseqüência, justificou Serra, a qualidade foi preterida.
Adversário do tucano na disputa estadual, o petista Aloizio Mercadante associou a declaração a preconceito contra nordestinos e passou a explorá-la no horário eleitoral. O presidente Lula, que apóia Mercadante, alimentou a polêmica.
Ontem, após almoço com empresários na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Serra foi questionado sobre as declarações de Lula e disse que não estava disposto a responder a "caneladas". Afirmou que não pode "dialogar com grosserias" e que Lula "foi tão grosseiro que não me sinto em condições de travar um diálogo. Na hora em que fizer observações sem grossura, eu posso responder. Responder agora seria baixar o nível".
O único ataque direto a Lula foi na economia. Serra acusou o presidente de destruir a agricultura nos últimos anos.

Fiesp
Na Fiesp, o tucano disse que pretende criar agências de competitividade e tecnologia, de investimentos e de fomento. Esses órgãos repassariam recursos do BNDES, do Orçamento e dos fundos estaduais para apoiar projetos de desenvolvimento em São Paulo, mas sem exercer a função de banco. (LEANDRO BEGUOCI)


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