|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Candidato não revela seu voto e se diz "radicalmente neutro"
DA SUCURSAL DO RIO
Durante a sabatina, o senador Sérgio Cabral Filho evitou
tomar posições que pudessem
comprometer futuras alianças
para seu governo, caso seja eleito. Indagado sobre em qual
candidato a presidente irá votar, Cabral Filho distribuiu elogios não só ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) mas
também aos presidenciáveis
Heloísa Helena, do PSOL, Geraldo Alckmin, do PSDB, e Cristovam Buarque, que concorre
pelo PDT.
Cobrado a tomar uma posição, o candidato fugiu da pressão dizendo que o voto é secreto e que havia assumido posição "radicalmente neutra" em
relação à disputa presidencial.
Segundo ele, pelo menos no
primeiro turno, nenhum dos
candidatos presidenciáveis estará em seu palanque.
Cabral preservou o presidente Lula também quando lhe foi
perguntado se o presidente sabia do mensalão: ele optou por
não responder à pergunta no
momento.
Garotinho
Durante as duas horas da sabatina, Cabral evitou confrontos e, principalmente, críticas à
governadora Rosinha Matheus
e ao marido dela e ex-governador Anthony Garotinho, ambos
de seu partido e apoiadores de
sua candidatura.
"Quem aprova é a população,
não eu", afirmou ele. Dessa forma, recusou-se a dizer se aprova ou reprova as administrações de Rosinha e Garotinho.
"Quero que o povo aprove o
meu governo", disse.
Cabral Filho lembrou repetidas vezes o patrimônio em votos que construiu ao longo, segundo ele mesmo afirmou, de
mais de 20 anos de carreira política. Ele fez questão de lembrar que o casal é aliado recente. Segundo o candidato, o casal
Garotinho ingressou no PMDB
em 2003, enquanto ele, hoje
com 43 anos, já foi o deputado
federal e o senador mais votado
no Estado do Rio em eleições
passadas.
Instado pela colunista Danuza Leão a explicar melhor a
aliança com Rosinha e Garotinho, o candidato disse que não
vê problemas em estar ao lado
dos dois, mas lembrou que eles
estavam em posições opostas
nas eleições de 1998 e de 2002.
Ele definiu sua relação com Garotinho como respeitosa e independente.
O candidato refutou a afirmação feita por Danuza Leão
de que o casal Garotinho havia
colocado o Estado do Rio em situação de descalabro por oito
anos. "Descalabro não é a melhor qualificação", declarou Cabral, em defesa da governadora
e de seu marido.
Texto Anterior: Cabral se diz a favor de união homossexual Próximo Texto: Sabatina: Crivella estará em evento hoje; Frossard, amanhã Índice
|