São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2006

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Candidato não revela seu voto e se diz "radicalmente neutro"

DA SUCURSAL DO RIO

Durante a sabatina, o senador Sérgio Cabral Filho evitou tomar posições que pudessem comprometer futuras alianças para seu governo, caso seja eleito. Indagado sobre em qual candidato a presidente irá votar, Cabral Filho distribuiu elogios não só ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mas também aos presidenciáveis Heloísa Helena, do PSOL, Geraldo Alckmin, do PSDB, e Cristovam Buarque, que concorre pelo PDT.
Cobrado a tomar uma posição, o candidato fugiu da pressão dizendo que o voto é secreto e que havia assumido posição "radicalmente neutra" em relação à disputa presidencial. Segundo ele, pelo menos no primeiro turno, nenhum dos candidatos presidenciáveis estará em seu palanque.
Cabral preservou o presidente Lula também quando lhe foi perguntado se o presidente sabia do mensalão: ele optou por não responder à pergunta no momento.

Garotinho
Durante as duas horas da sabatina, Cabral evitou confrontos e, principalmente, críticas à governadora Rosinha Matheus e ao marido dela e ex-governador Anthony Garotinho, ambos de seu partido e apoiadores de sua candidatura.
"Quem aprova é a população, não eu", afirmou ele. Dessa forma, recusou-se a dizer se aprova ou reprova as administrações de Rosinha e Garotinho. "Quero que o povo aprove o meu governo", disse.
Cabral Filho lembrou repetidas vezes o patrimônio em votos que construiu ao longo, segundo ele mesmo afirmou, de mais de 20 anos de carreira política. Ele fez questão de lembrar que o casal é aliado recente. Segundo o candidato, o casal Garotinho ingressou no PMDB em 2003, enquanto ele, hoje com 43 anos, já foi o deputado federal e o senador mais votado no Estado do Rio em eleições passadas.
Instado pela colunista Danuza Leão a explicar melhor a aliança com Rosinha e Garotinho, o candidato disse que não vê problemas em estar ao lado dos dois, mas lembrou que eles estavam em posições opostas nas eleições de 1998 e de 2002. Ele definiu sua relação com Garotinho como respeitosa e independente.
O candidato refutou a afirmação feita por Danuza Leão de que o casal Garotinho havia colocado o Estado do Rio em situação de descalabro por oito anos. "Descalabro não é a melhor qualificação", declarou Cabral, em defesa da governadora e de seu marido.


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