|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PT deve considerar apoio a Ciro, diz Lula em jantar
Presidente diz que partido deve priorizar alianças
KENNEDY ALENCAR
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em jantar anteontem à noite
com os cinco governadores do
PT, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva defendeu a tese de
que o partido deve priorizar
alianças com o PMDB, PSB,
PDT e PC do B nas eleições de
2008. Assim, disse, teria garantia de governabilidade nos dois
anos finais de seu mandato e
esse conjunto de forças poderia
apresentar uma candidatura
presidencial única em 2010.
Lula disse que, se o PT souber reconhecer a importância
de alianças, manterá o poder.
Mais: afirmou que o partido
não deve descartar o apoio a
um nome de outra legenda para
a cabeça da chapa presidencial
e citou como exemplo a possibilidade de eventual suporte a
Ciro Gomes (PSB).
De acordo com Lula, será
fundamental para as eleições
de 2008 que o PT tenha uma
nova e forte direção. Chegou a
elogiar o atual presidente, Ricardo Berzoini, dizendo que ele
cumpria um papel importante.
No entanto, deu a entender que
deseja um novo presidente.
No final do mês, o PT realizará o seu 3º Congresso. Provavelmente será aprovada a proposta de nova eleição direta para o comando do partido.
A Folha apurou que Lula
gostaria de que o ex-governador Jorge Viana (AC) fosse o
presidente do PT. No entanto,
reconheceu que Viana não teria votos suficientes.
Lula disse que o ministro
Luiz Dulci (Secretaria Geral)
não quer e ponto. Avaliou que o
ex-ministro Olívio Dutra é um
nome que não significaria renovação. Disse que o ex-senador José Eduardo Dutra (SE)
deseja concorrer a prefeito de
Aracaju no ano que vem. Lula
falou também da possibilidade
de o assessor especial para assuntos internacionais, Marco
Aurélio Garcia, comandar a sigla, mas avalia que a missão espinhosa como presidente exigiria muito resistência física.
Lula fez uma brincadeira sobre 2010 com Sergio Gabrielli,
presidente da Petrobras. Disse
que, quando deixar o Palácio do
Planalto, seu desejo é suceder
Gabrielli no comando da estatal, uma referência ao alto salário pago pela Petrobras.
No segundo mandato, foi a
primeira reunião de Lula com
os cinco governadores do PT:
Jaques Wagner (BA), Marcelo
Déda (SE), Wellington Dias
(PI), Ana Júlia (PA) e Binho
Marques (AC). Estavam presentes ainda os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e
Franklin Martins (Comunicação Social), e outros auxiliares.
Lula pediu ajuda para aprovar a prorrogação da CPMF.
Foi claro ao dizer que a União
não aceitará dividir recursos
com os governadores, sob pena
de comprometer os investimentos do PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento).
Texto Anterior: Ausência: Operado de catarata no Rio, Jefferson não irá à sessão do STF Próximo Texto: Elio Gaspari: As greves de médicos beiram o crime Índice
|