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Petista deu prejuízo de R$ 23 mi à prefeitura por não pagar Pasep
CATIA SEABRA
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo Marta Suplicy
(PT) causou um prejuízo de
R$ 23,2 milhões à Prefeitura de
São Paulo -deixando dívida de
R$ 107,9 milhões- ao suspender parcialmente a contribuição do município para o Pasep
(Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).
Pela lei, todos os entes da federação são obrigados a destinar 1% de sua receita própria ao
Pasep. Mas, de março a novembro de 2004 -em plena disputa
eleitoral-, a prefeitura repassou à União só um valor simbólico, de R$ 200 mil mensais, em
vez dos cerca de R$ 9 milhões
efetivamente devidos por mês.
Em 2004 -quando a ex-prefeita e hoje candidata Marta
tentava a reeleição- a prefeitura só pagou R$ 19,6 milhões dos
R$ 95,2 milhões devidos à
União. Naquele ano, a dívida do
município com o Pasep ficou
em R$ 75,6 milhões.
Além do pagamento de um
valor simbólico em 2004, o governo Marta deixou um buraco
de R$ 9,1 milhões referente ao
pagamento irregular do Pasep
ao longo do ano anterior.
Com isso, a administração
Marta deixou de pagar R$ 84,7
milhões à União.
Em agosto de 2005 -já no
governo de José Serra
(PSDB)- a prefeitura negociou
sua dívida com a Receita Federal, gestora do Pasep. Para garantir novo parcelamento, a
prefeitura teve de quitar uma
dívida anterior. Calculada em
R$ 107,9 milhões -sendo R$
84,7 milhões do principal e R$
23,2 milhões em multas e juros-, a dívida foi parcelada em
60 meses. No ano seguinte, foi
alongada para 120 meses.
Procurada ontem pela Folha, a Prefeitura de São Paulo
não informou quanto pagou até
agora. A assessoria de Marta
atribui o problema a mudanças
de sistema na prefeitura.
Constituído em 1970, o Pasep repassa, desde a Constituição de 1988, recursos para o
FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Outros 30% da receita são destinados ao BNDES.
A Folha revelou ontem que,
durante o governo Alckmin, o
Estado de São Paulo contraiu
uma dívida de R$ 556,5 milhões com o Pasep, incluindo
R$ 98 milhões em encargos.
Dessa dívida, R$ 257 milhões
foram pagos na administração
de Alckmin.
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