São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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Prefeitura rescinde contratos

DA REPORTAGEM LOCAL

A São Paulo Transporte (autarquia que gerencia o transporte em São Paulo) anunciou na sexta-feira a rescisão unilateral dos contratos de transporte com as três empresas do grupo Niquini.
A decisão, que foi aprovada pela diretoria da autarquia, atinge as empresas Transporte Coletivo São Judas Ltda., Auto Viação Santa Bárbara Ltda. e Expresso Parelheiros Ltda. que, juntas, têm 900 ônibus (10% da frota paulistana) e empregam 4.400 pessoas.
Em 6 de setembro, após a Folha ouvir pessoas da administração municipal sobre as ligações do grupo Niquini com o PT, a São Paulo Transporte anunciou a abertura do processo que resultaria na rescisão dos contratos.
A justificativa para o processo é o fato de, em 12 de agosto, os funcionários do grupo Niquini terem informado à São Paulo Transporte o recebimento de 143.309 vales-transporte e a empresa só ter informado 54.675 vales. A autarquia diz suspeitar que as três empresas tenham fraudado a contabilidade para desviar 88.634 vales, cujo valor soma R$ 124 mil.
Na última sexta-feira, com o final do processo, a autarquia anunciou a decisão de rescindir o contrato. As empresas têm o direito de entrar com recurso.
Enquanto a questão não for decidida, a São Paulo Transporte continuará gerenciando a frota das empresas, o que faz desde o dia 7 de setembro. Mas a autarquia não se responsabiliza pelas dívidas das empresas.


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