São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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Garotinho diz ser contra nova reunião com FHC

DA REPORTAGEM LOCAL

DA ENVIADA A BELO HORIZONTE

O candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, criticou ontem, em São Paulo, a proposta da Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fazer nova reunião com o presidente Fernando Henrique Cardoso para exigir explicações para a alta do dólar.
"Sou contra", disse Garotinho. "Acho que agora tem de esperar [a eleição do novo presidente" para discutir [o assunto" na transição, como acontece em todos os países do mundo."
Em Belo Horizonte, o presidenciável da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB), afirmou, ao responder a um eleitor, que as críticas que tem feito aos outros candidatos é para revidar os ataques que sofre.
Durante visita ao mercado municipal da capital mineira, Ciro ouviu de Washington Azevedo Castro, dono de uma banca de artigos religiosos que diz votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um pedido para que deixasse de criticar os outros candidatos e mostrasse mais projetos.
Garotinho voltou a afirmar que a subida do dólar não tem relação com a eleição. "Vamos parar com esta história de dizer que o dólar está subindo por pressão eleitoral." Para ele, "o dólar sobe porque os fundamentos da economia brasileira são frágeis".
Garotinho também criticou a sugestão de Fernando Henrique sobre um pacote fiscal. "O presidente me faz lembra aquele ditado "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"." De acordo com o candidato, FHC "endividou o país, aumento a carga tributária de forma excessiva, o que levou o país a uma dependência e a uma vulnerabilidade externa, e ainda quer opinar sobre o futuro governo? Vamos ter um pouquinho de humildade".
Ele aproveitou para ironizar o candidato do PSDB, José Serra. "Se ele [FHC" tivesse sido tão bom para o país, o candidato dele não estaria com este pouquinho de votos; estaria muito melhor".

Rádio
Ciro concedeu entrevista para a Rádio Favela, no Morro do Cafezal -onde está a maior concentração de favelas de Belo Horizonte, com cerca de 100 mil moradores. A rádio inspirou o filme "Uma Onda no Ar".
Durante a entrevista, Ciro criticou propostas de mudança radical. "O Brasil precisa examinar a mudança, mas, ao examinar a mudança que quer, tem que olhar com muito cuidado. Se é tocar fogo em tudo para começar uma coisa toda nova, quem sabe pode ser isso. Eu acredito que não. Acho que é uma mudança mais cautelosa, prudente e segura."


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