São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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Petistas usam Lula para buscar reação

JAIRO MARQUES
ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

Candidatos do PT cujas candidaturas não decolavam buscam intensificar o uso da imagem de Luiz Inácio Lula da Silva nas propagandas para, ao menos, tentar levar a disputa ao segundo turno.
De acordo com membros da coordenação de campanha do PT, a estratégia vem dando certo resultado, juntamente com fatores localizados como denúncias, em pelo menos menos oito Estados e no Distrito Federal. Pesquisas confirmam que há reação -mesmo que, em alguns casos, ainda muito discreta- dos petistas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Piauí, São Paulo, Amapá, Pará, Ceará e Bahia.
No Rio Grande do Sul e no Piauí, onde o PT tomou a dianteira nas últimas pesquisas divulgadas, além da forte presença de Lula nas campanhas de Tarso Genro e Wellington Dias, outros elementos ajudaram a alavancar.
Genro usou o tempo dos candidatos a deputados estadual e federal para fazer críticas e denúncias contra Antônio Britto (PPS). O petista apareceu em primeiro lugar, ultrapassando Britto, no levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul do dia 11 deste mês, com 35%. Nas pesquisas anteriores, estava atrás.
Wellington Dias (PT-PI), que passou Hugo Napoleão com 45%, segundo o Ibope do dia 8, conseguiu o apoio informal do ex-governador Francisco de Moraes Souza (PMDB), o Mão Santa. Apesar da dianteira, Tarso e Dias enfrentam disputa acirrada.
O marqueteiro de Wellington Dias, Erivelton de Souza, afirmou que, a exemplo de Duda Mendonça (marqueteiro de Lula), agora vem usando fundos emocionais.
No Ceará, a estratégia é ampliar a divulgação do slogan "É Lula lá e José Airton cá" na tentativa de puxar a votação de Lula no Estado -de cerca de 30%- para o candidato local, que tem só 8% é o terceiro colocado, atrás de Lúcio Alcântara (PSDB) e Sérgio Machado (PMDB), segundo o Ibope.
A interpretação de reação dos petistas do DF está ligada também ao bom desempenho do candidato ao Senado, Cristovam Buarque, que lideram as intenções de voto.
No DF, Geraldo Magela espera que as denúncias que vieram à tona envolvendo o governador Joaquim Roriz (PMDB), relativas a grilagem de terras, resultem em migração de votos. No Ibope da semana passada, o petista cresceu cinco pontos percentuais e Roriz, que continua líder, caiu quatro.
No Amapá, Dalva Figueiredo começou a disputa com apenas 2% nas pesquisas, no mais recente levantamento do Ibope, de 12 de setembro, apareceu em segundo, com 24%.


Colaborou KÁTIA BRASIL, da Agência Folha em Manaus


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