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Ciro defende CPMF e diz que "branco não quer pagar imposto"
Ex-ministro declara, na Assembléia do Piauí, que "acabar com a contribuição é acabar com o programa Bolsa Família"
Deputado federal pelo PSB do Ceará volta a admitir que é candidato à sucessão de Lula em 2010, mas que não quer antecipar as discussões
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O deputado federal e ex-ministro da Integração Nacional
Ciro Gomes (PSB) fez ontem
uma forte defesa da CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira).
Para ele, "a CPMF é assunto
de branco que não quer pagar
imposto, para que o povo perca
o Bolsa Família": "Se acabar a
CPMF, acaba o Bolsa Família.
Isso é o que eles [a oposição]
querem e não têm coragem de
dizer", disse Ciro em Teresina.
O projeto do Planalto, aprovado em primeira votação na
Câmara por por 338 votos a 117,
prorroga a cobrança da CPMF
com alíquota de 0,38% até 2011.
O governo federal espera arrecadar quase R$ 40 bilhões em
2008 com a contribuição.
Ciro fez uma palestra na Assembléia Legislativa do Piauí
em homenagem aos 60 anos de
fundação de seu partido, o PSB.
A jornalistas ele voltou a admitir que pode ser candidato a
presidente em 2010, mas não
quer iniciar a discussão sobre
sucessão presidencial agora:
"Eu não seria sincero em afirmar que não sou candidato,
mas, com a experiência que tenho, também não seria justo falar de sucessão presidencial, já
que estamos apenas nos primeiros nove meses do segundo
mandato do presidente Lula, e
nosso objetivo é contribuir para que faça um bom trabalho".
Ciro já foi candidato a presidente em 1998 e em 2002 e disse que isso por si só demonstra
seu desejo de governar o país.
Ele lidera, no Congresso, o bloco formado por PSB, PDT, PC
do B, PRB, PHS e PMN, que discute uma candidatura própria
em 2010: "Acho absurdamente
um desserviço ao país se discutir eleição quando o presidente
não inteirou nem nove meses
de quatro anos de governo".
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