São Paulo, sábado, 22 de setembro de 2007

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PROCURADORIA

Ex-deputado é denunciado por "mensalinho"

ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério Público Federal denunciou ontem à Justiça o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE).
Conforme a denúncia, entre 2002 e 2003, Severino cobrou R$ 137,5 mil do empresário Sebastião Buani em troca de manter autorização para explorar um restaurante na Casa.
A procuradora Lívia Nascimento Tinôco, do Ministério Público Federal em Brasília, acusa Severino de ter recebido indevidamente R$ 117,5 mil. Como fez a exigência em três ocasiões, foi enquadrado por três vezes no crime de concussão (extorsão de servidor no exercício de suas funções). Se condenado, a pena pode chegar a 24 anos de prisão.
Em 21 de setembro de 2005, renunciou à presidência da Câmara e ao mandato para escapar de processo de cassação.
No discurso de renúncia, apresentou-se como vítima de "empobrecimento ilícito". Disse que caiu porque lutou contra "os donos do Congresso", e que provaria sua inocência. Severino decidiu renunciar para manter os direitos políticos e tentar voltar à Casa. Candidato em 2006, não se reelegeu. Descoberto durante investigações do mensalão nacional, o caso ficou conhecido como "mensalinho".
A Folha não conseguiu localizar Severino ontem em Recife. A reportagem foi informada de que ele estaria no interior de Pernambuco. O ex-deputado também não atendeu chamada feita para o celular.


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