São Paulo, terça-feira, 22 de setembro de 2009 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelson.sa@grupofolha.com.br Surpresa
A informação correu no final da tarde no Brasil, das manchetes de Folha Online e BBC Brasil ao intervalo da Globo, "surpresa", ecoando a entrevista de Manuel Zelaya à Telesur em que ele confirmou que estava na embaixada e agradeceu Lula. Antes, Zelaya já havia entrado ao vivo num canal hondurenho, por telefone, em transmissão cortada pelo "governo golpista" _como descrito pela Globo News, de início. A transmissão foi ato de "terrorismo midiático", segundo o presidente golpista. Na escalada do "Jornal Nacional", depois, "Tensão em Honduras". Descreveu o governo, antes golpista, como tendo "o apoio dos militares, do Judiciário e do Congresso". No "Jornal da Band", Zelaya foi deposto por "golpe militar", ponto. Enquanto isso, manchete on-line do hondurenho "El Heraldo", que defende o golpe, "O presidente de Honduras chama o Brasil a entregar Zelaya". POR TELESUR, CNN, AL JAZEERA O "New York Times" destacou o retorno na home page recorrendo não à Telesur, mas a uma entrevista de Zelaya à CNN. Depois priorizou outra, dada por ele à Al Jazeera. E citou a "confusão" de boatos na capital, onde "muitos veículos" apoiam o governo "de facto". Ressaltou as reações conflitantes de Hillary Clinton e Celso Amorim, ela ainda pelo "diálogo" buscado por Oscar Árias, ele pela mediação via OEA. Também o "Wall Street Journal" deu na home, mas com a Telesur e sublinhando a descrição de Hugo Chávez, de que "Manuel Zelaya viajou por dois dias, através de rios e montanhas e arriscando sua vida". No espanhol "El País", foi manchete tarde e noite, com a "firmeza" do presidente deposto etc. QUEDA DE BRAÇO Na manchete final do Valor Online, "Com ajuda da Vale, Bolsa tem nova máxima". A alta "foi atribuída à notícia" publicada no próprio jornal "mostrando que o empresário Eike Batista não desistiu de entrar para o grupo de controle da mineradora". Em outro portal econômico, Exame, o destaque era um post relatando que Lula segue em campanha contra Roger Agnelli, executivo indicado pelo Bradesco para comandar a Vale. Refere-se a ele como "traidor", pelas demissões na crise e por não investir em aço. A disputa chegou à Bloomberg, em reportagem ouvindo críticas à pressão de Lula, dos fundos brasileiros Mercatto e Opportunity, mas também que investir em aço é bom conselho, do inglês Nomura Securities. FÁCIL DE COMPRAR E VENDER Por "WSJ" e "Financial Times", "NYT" e "El País", ecoou o detalhamento da oferta de ações a ser realizada pelo banco Santander, na filial brasileira. A operação, a maior na história do país, faria do Brasil o segundo maior mercado de IPOs no mundo. Foi o desempenho da filial brasileira que levou a revista "Euromoney" a eleger o Santander como "top bank" da Europa, sublinhou o "NYT". No "FT", a coluna Lex já saiu ontem com uma primeira avaliação, postando que "o Brasil é uma história fácil de comprar e vender", mas é preciso "cuidado, até mesmo no Brasil". Avisa que o espanhol "não é o único banco a se excitar" e arriscar, por aqui. O QUE QUEREM OS RICOS Na manchete de papel do "WSJ", ontem, "Nações estão perto de grandes mudanças na política econômica global". Em suma, é a proposta americana para o G20, apoiada por europeus, de um plano para comprometer os EUA a conter seu déficit, a Europa a investir mais e a China a "depender menos de exportação". Mas segundo Ricardo Balthazar, no "Valor" de papel, "China e outros emergentes veem com desconfiança e já indicaram que vão resistir". O plano prevê aumento no "consumo doméstico" dos Brics e "é parecida com uma iniciativa do FMI antes da crise". China, Brasil e outros priorizam, no G20, a distribuição do poder no próprio FMI. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: Rumo a 2010: Na TV, Marina evita polêmica sobre aborto Próximo Texto: Janio de Freitas: As relevâncias Índice |
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