São Paulo, terça-feira, 22 de setembro de 2009

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Aeronáutica adia entrega de propostas sobre caças

Empresas terão até 2 de outubro para melhorar ofertas em negócio de R$ 10 bi

A francesa Dassault, a sueca Saab e a americana Boeing decidiram rever preços e formas de compensação para a indústria nacional


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Comando da Aeronáutica informou, por nota oficial, que a comissão encarregada de analisar as propostas do programa FX-2, de renovação da frota da FAB, decidiu adiar de ontem para o dia 2 de outubro o prazo para que as empresas finalistas melhorem suas ofertas.
Concorrem o francês Rafale, da Dassault, o norte-americano F-18 Super Hornet, da Boeing, e o sueco Gripen NG, da Saab. Todas três decidiram rever suas ofertas originais nos itens preço, condições de pagamento e compensações para a indústria nacional.
Na primeira versão, o Comando da Aeronáutica alegou que adiava a coleta de dados a pedido da Saab. Como a empresa disse extraoficialmente que cumprira o prazo, a versão ficou mais genérica: o adiamento teria sido para atender a todas as três empresas.
O negócio envolve a compra de 36 aviões de caça, num valor que pode chegar a R$ 10 bilhões, com pagamento parcialmente financiado pelos próprios países interessados. Os governos da França, dos EUA e da Suécia avalizaram as propostas de suas companhias.
Em declarações públicas e até num comunicado conjunto Brasil-França, o presidente Lula já manifestou sua preferência pelo Rafale, num contexto de aproximação política e diplomática com o país europeu e sob pretexto de maior transferência de tecnologia.
Como reação, os governos dos EUA e da Suécia ratificaram a intenção de também transferir tecnologia.
O principal trunfo atribuído à proposta dos EUA é a qualidade do F-18, vendido no mundo todo. A maior vantagem dos Rafale é política -o Brasil acaba de fechar um pacote militar com a França. Já a Suécia diz que o Gripen está sendo construído em conjunto com técnicos brasileiros.
Concluída a avaliação da comissão, em 2 de outubro, o relatório será submetido ao Comando da Aeronáutica, ao Ministério da Defesa, a Lula e ao Conselho de Defesa Nacional.


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