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Aeronáutica adia entrega de propostas sobre caças
Empresas terão até 2 de outubro para melhorar ofertas em negócio de R$ 10 bi
A francesa Dassault, a sueca Saab e a americana Boeing decidiram rever preços e formas de compensação para a indústria nacional
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Comando da Aeronáutica
informou, por nota oficial, que
a comissão encarregada de analisar as propostas do programa
FX-2, de renovação da frota da
FAB, decidiu adiar de ontem
para o dia 2 de outubro o prazo
para que as empresas finalistas
melhorem suas ofertas.
Concorrem o francês Rafale,
da Dassault, o norte-americano
F-18 Super Hornet, da Boeing,
e o sueco Gripen NG, da Saab.
Todas três decidiram rever
suas ofertas originais nos itens
preço, condições de pagamento
e compensações para a indústria nacional.
Na primeira versão, o Comando da Aeronáutica alegou
que adiava a coleta de dados a
pedido da Saab. Como a empresa disse extraoficialmente que
cumprira o prazo, a versão ficou mais genérica: o adiamento
teria sido para atender a todas
as três empresas.
O negócio envolve a compra
de 36 aviões de caça, num valor
que pode chegar a R$ 10 bilhões, com pagamento parcialmente financiado pelos próprios países interessados. Os
governos da França, dos EUA e
da Suécia avalizaram as propostas de suas companhias.
Em declarações públicas e
até num comunicado conjunto
Brasil-França, o presidente Lula já manifestou sua preferência pelo Rafale, num contexto
de aproximação política e diplomática com o país europeu e
sob pretexto de maior transferência de tecnologia.
Como reação, os governos
dos EUA e da Suécia ratificaram a intenção de também
transferir tecnologia.
O principal trunfo atribuído
à proposta dos EUA é a qualidade do F-18, vendido no mundo
todo. A maior vantagem dos
Rafale é política -o Brasil acaba de fechar um pacote militar
com a França. Já a Suécia diz
que o Gripen está sendo construído em conjunto com técnicos brasileiros.
Concluída a avaliação da comissão, em 2 de outubro, o relatório será submetido ao Comando da Aeronáutica, ao Ministério da Defesa, a Lula e ao
Conselho de Defesa Nacional.
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