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Governo diz que não existiu "retribuição"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Juarez Quadros
(Comunicações) disse ontem que
a decisão do governo de autorizar
que Gugu Liberato comprasse um
canal de TV não foi uma retribuição à participação do apresentador nos programas do candidato
José Serra (PSDB-PMDB) à Presidência. "Não tem nada disso. Ele
[Gugu] já está nesse processo [de
tentar ganhar um canal de TV] há
muito tempo", disse Quadros.
Ele informou que houve uma
falha do ministério ao autorizar a
compra. Quadros disse que assinou a autorização, pois o processo já estava instruído pela área
técnica do ministério. "É uma rotina. Os processos já vem instruídos. São muitos os processos."
O ministro explicou ainda que o
que o governo fez foi anular o
contrato de concessão de TV da
Pantanal Som e Imagem, o que
anula também a venda para o
apresentador.
"A concessão não foi cassada.
Só quem pode cassar concessão é
o Poder Judiciário", disse Quadros. Na prática, sem o contrato, a
empresa não pode operar.
Segundo ele, a Pantanal Som e
Imagem ainda poderá ser punida
pelo governo porque o contrato
não está assinado. "Existem penalidades, previstas no edital, para o
caso de não assinatura do contrato", afirmou. Ele admitiu a possibilidade de a decisão do ministério ser contestada na Justiça.
Quadros declarou que não conversou ontem com o apresentador Gugu para informá-lo da decisão do ministério nem foi procurado por ele.
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