São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 2002

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RIO

Governadora eleita volta a criticar gestão de Benedita

Rosinha reafirma apoio a Lula, mas rejeita candidatos petistas

MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO

Em entrevista repleta de críticas à administração da governadora Benedita da Silva (PT), a governadora eleita do Rio, Rosinha Matheus (PSB), disse que neste segundo turno não fará campanha para candidatos do PT a governos estaduais. Apenas para Lula (PT) e para a candidata do PSB ao governo do Rio Grande do Norte, Wilma Faria.
Ela e o marido, o candidato derrotado do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, viajam amanhã para Natal, onde participarão de um comício com Faria.
"No Rio, nossa base está trabalhando [para o Lula]. Eu não estou compromissada com os candidatos a governador do PT. Estamos compromissados com a campanha do Lula presidente. Eu não sou do PT", disse Rosinha na primeira entrevista oficial após a viagem de descanso de uma semana em Guarapari (ES).
Rosinha disse que o marido não aceitou nenhum cargo no seu secretariado e não atuará como eminência parda em seu governo. "A governadora agora sou eu".

Em dia
A governadora eleita voltou a dizer que a arrecadação do Estado caiu e espera que Benedita entregue o governo com os salários em dia. "Ouvi dizer que a atual governadora vai nos entregar o Estado da mesma forma que recebeu. Eu agradeci e lembrei que o Garotinho deixou o pagamento dos servidores em conta. Espero que ela deixe o décimo terceiro pago e a folha de dezembro em conta."
Na sexta-feira, o secretário estadual de Controle Geral, René Garcia, disse que não podia garantir o pagamento em dia do décimo terceiro dos servidores.
Como alternativa, Garcia enviou mensagem à Assembléia Legislativa pedindo a criação de um fundo, com remanejamento de recursos provenientes de tributos estaduais, para garantir o pagamento do décimo terceiro.
"Estamos estudando [a mensagem] e espero que realmente se encontre soluções para que seja pago o décimo terceiro, porque os servidores não têm nada a ver com a incompetência do governo em arrecadar", afirmou.
Rosinha disse que, desde abril, a arrecadação do Estado caiu, em média, 8% ao mês, o que equivale, segundo ela, a R$ 60 milhões a menos nos cofres estaduais. Decisões judiciais, como a que obrigou o governo estadual a implementar o plano de cargos e salários dos professores, no início de abril, também teriam prejudicado a arrecadação.



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