São Paulo, sábado, 22 de outubro de 2005

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CPI recorre a embaixador dos EUA para obter dados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Parlamentares da CPI dos Correios pediram ontem ajuda do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, John Danilovich, para a obtenção de documentos relativos a movimentações bancárias do valerioduto no exterior.
A CPI procura, em especial, a origem e o destino de R$ 10,5 milhões saídos do esquema do publicitário Marcos Valério de Souza para pagamento ao marqueteiro Duda Mendonça.
O presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), e o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), saíram de encontro com o embaixador com a promessa de que ele encaminhará ao governo dos EUA um documento com as razões pelas quais os parlamentares consideram as informações importantes.
A liberação depende do promotor assistente de Nova York Adam Kaufmann, que não estava disposto a abrir o acesso às informações ao Legislativo brasileiro. Delcídio e Fruet acertaram uma ida a Nova York, provavelmente na próxima semana, para discutir a liberação com os promotores.
Segundo Delcídio, a dificuldade de acesso se deu pelo "mau exemplo" da CPI do Banestado, em que as instituições forneceram dados de quebra de sigilo e a comissão não produziu um relatório final. "Em função do acordo que fizemos, nós vamos ter que tomar muito cuidado em relação a vazamento de informações", disse.
Otimista, Fruet acredita que o acesso será concedido nas próximas semanas. "[Os dados] Têm que estar disponíveis num prazo de uma ou duas semanas. E até isso foi deixado claro ao embaixador, nós não temos o tempo de uma investigação criminal."


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