RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO

O bispo auxiliar de São Paulo e membro do Conselho Permanente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Pedro Luiz Stringhini, reprovou em nota o manifesto de setores da Igreja Católica em apoio a Marta Suplicy (PT).
"A igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral", disse em nota publicada anteontem.
O bispo é responsável pela região Belém (zona leste), onde aconteceu na sexta o encontro que resultou no manifesto.
O documento pró-Marta teve 500 mil cópias impressas e foi alinhavado pelo chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. "Marta terá melhores oportunidades para aprofundar projetos que ela, como prefeita, já havia iniciado", diz o texto.
"Acho natural e legítimo que o bispo tenha se manifestado frente à possibilidade de a instituição igreja ter sido usada por uma campanha eleitoral. Mas nesse caso específico o manifesto nunca pretendeu ser de padres nem da igreja. É um manifesto de católicos, assinado por um fórum de católicos", afirmou Carvalho.


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