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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br
Admite, admite
Nas manchetes de Folha Online, "Jornal da Band" e
outros, "Lula admite reduzir orçamento". Até na estatal Agência Brasil, "Lula admite cortar" gastos públicos. Era o que a oposição cobrava então do ministro da Fazenda. Do presidente do Banco Central, também na Congresso, nem era preciso cobrar.
Por outro lado, ontem também, em destaque por
"New York Times", "Washington Post", "Financial Times" e "China Daily", o presidente do Fed defendeu
"novos gastos" públicos, como cobrava a oposição no
Congresso americano, e os planos chineses já apontam para juros menores e outros estímulos.
BEM MENOS
Gary Duffy, o correspondente da BBC, fez longa reportagem sobre os preparativos do Brasil para a "tempestade econômica". Ouviu os temores da agricultura e outros,
para concluir que "poucos
anos atrás e uma crise seria
devastadora para o Brasil",
mas agora "a expectativa é ser
bem menos severa".
Curiosamente, à BBC o
"consultor de negócios" Rubens Barbosa, ex-embaixador
de FHC em Washington, se
estendeu em elogios à "diversificação" do comércio exterior, hoje em apenas 15% com
os EUA. "Nossos parceiros
são os emergentes."
"IDÉIAS TOLAS"
Por outro lado, Jorge Castañeda, ex-chanceler do México, escreve na nova "Newsweek" contra as "idéias tolas"
de que a América Latina poderia escapar ilesa. Cita, entre
outros, Lula e a célebre resposta de que a crise seria de
George W. Bush.
PROTECIONISMO 1
O "Wall Street Journal" noticiou e agências ecoaram amplamente o processo aberto
pelo Departamento de Justiça dos EUA, junto com 13 Estados, contra a JBS "baseada
no Brasil" pela compra do frigorífico americano National
Beef. No enunciado do jornal,
"Compra brasileira é questionada pelos EUA". A ação foi
saudada por políticos como o
senador republicano Charles
Grassly, de Iowa.
Por aqui, a reação americana ao negócio, que havia sido
divulgado em março, foi recebida por blogs como um alerta
de protecionismo.
PROTECIONISMO 2
O que também trouxe temor de protecionismo contra
interesses brasileiros foi o
anúncio por Pequim, no "China Daily" e outros, de incentivos fiscais à sua indústria têxtil. A justificativa é que a produção chinesa enfrenta problemas com valorização recente de sua moeda.
O FIM DE ALGUMA COISA
A BBC entrevistou o "historiador marxista" Eric Hobsbawn, autor de "A Era dos Extremos", que proclamou:
"Agora sabemos que estamos no fim de uma era, mas não
sabemos o que vem pela frente". Ele avisa que "o principal beneficiário do descontentamento atual, com possível
exceção -eu espero- nos EUA, será a direita".
Já Moisés Naím prevê na nova "Foreign Policy" que o
"crash", como diz, deve trazer "fiscalização e regulação
mais efetivas, mas não marca o fim do capitalismo nem o
declínio da América". Aliás, "milhões de chineses, indianos, brasileiros vão continuar a ser participantes mais ativos da economia global do que jamais foram".
ARMAS EMERGENTES
Os EUA devem baixar os gastos com armamentos, a Europa deve manter -e os "mercados dourados" para a indústria nos próximos anos são Austrália, Coréia do Sul,
Arábia Saudita, Taiwan e o Brasil. É a previsão da nova
"Jane's Industry Quarterly", referência na área. O gasto
militar nos países cresceria pela "prosperidade" e pelo
"ambiente de segurança cada vez mais volátil".
FOGUETE CÁ
news.yahoo.com
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No topo da busca de Brasil no Yahoo News, a agência France Presse noticiou que o país, que vem de fechar acordo militar com a França, quer lançar um foguete com satélite em três anos
FOGUETE LÁ
nytimes.com
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O Brasil quer se unir a China e Rússia como "emergente com programa espacial", mas a Índia sai na frente, com foto na home do "NYT", e prepara o lançamento, hoje, de uma nave para orbitar a Lua
PETROCUBA
guardian.co.uk
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Deu no "Guardian" que Cuba achou poço com 20 bilhões de barris no mar, dias atrás, e pode virar exportadora. Com o embargo, porém, "parceiros potenciais, notadamente o Brasil", estão fora e a extração vai demorar anos
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