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Convocação precisa do apoio das duas Casas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo pode ficar refém da oposição se não conseguir aprovar a emenda que
prorroga a CPMF ainda nesta legislatura, que acaba no
dia 24 de dezembro. A convocação extraordinária do
Congresso depende de aprovação da maioria absoluta
dos plenários das Casas.
Em fevereiro de 2006, os
parlamentares alteraram as
regras para a convocação extraordinária. Além de acabar
com o pagamento de dois salários extras pela convocação, também definiram que o
trabalho no recesso precisa
ser aprovado pelas Casas.
Na Câmara, são necessários 257 votos, e no Senado,
41 -quórum considerado alto para um final de ano. Como a prorrogação da CPMF
só precisa ser votada no Senado, a Câmara já estará esvaziada nessa época.
A convocação teria de ser
aprovada caso a votação da
CPMF não ocorra até a véspera do Natal. O líder do governo no Senado, Romero
Jucá (PMDB-RR), admite
que a votação poderá ocorrer
entre 26 e 28 de dezembro se
o governo não tiver segurança de votos para aprovar a
emenda no Senado antes.
A oposição vem obstruindo a pauta de votações da Casa para impedir a contagem
de prazo de cinco sessões para o início da votação da
CPMF. O objetivo do DEM e
do PSDB é atrasar ao máximo para que o tributo perca a
vigência em 31 de dezembro.
A oposição conseguiu prolongar até a próxima semana
a obstrução da votação em
plenário. Após aprovar duas
medidas provisórias ontem,
Jucá fechou um acordo com
os líderes do DEM e do PSDB
para que duas outras MPs sejam votadas, nominalmente,
na próxima segunda-feira.
Jucá garante que conseguirá convocar ao menos 41
senadores, número mínimo
para aprovar uma MP. José
Agripino (DEM) diz que não
tem "compromisso para garantir quórum" e que pretende manter a obstrução.
Tião Viana (PT-AC) disse
que a convocação extraordinária não está descartada,
mas acha que não haverá necessidade de prorrogação.
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