São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 2000

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PAINEL


Plim-plim
Discretamente, como é de seu estilo, Tasso Jereissati (CE) aterrissou no Rio anteontem. Só para participar do jantar de confraternização de fim de ano da cúpula das Organizações Globo.

Vale a pena ver de novo
É a segunda vez em três semanas que Tasso vai ao Rio a convite da família Marinho. Quando foi ao jantar de aniversário de Roberto Marinho, no início do mês, o cearense ainda não tinha sido eleito por Mário Covas como o melhor sucessor de FHC.

Garupa de ouro
ACM não disfarçou sua satisfação ao saber que Covas reiterou o apoio à candidatura Tasso: "Gostei demais". Encrencado no PFL, o baiano está convicto de que montou no cavalo certo.

Beiju baiano
Câmara e Senado também foram convocados para os dias 27, 28 e 29. Para votar o Orçamento, bastaria convocar o Congresso. ACM dobrou Michel Temer para fazer um agrado a Covas, abrindo a pauta dos deputados para votar a Lei de Informática.

Medida preventiva
Não foi à toa que Covas fez questão de reafirmar publicamente seu apoio à candidatura Tasso. O governador temia que, após o almoço a sós com Ciro Gomes, na segunda-feira, o cearense engatasse marcha à ré.

Destino selado
Covas deixou claro a Tasso que está jogando todo o seu capital político na candidatura presidencial do cearense. E que não está brincando ao tirar o doce de 2002 da boca de José Serra.

Quadrilha do Mendonção
Mendonção não sossega. A edição de hoje de seu site (primeiraleitura.com.br) defende o enterro das candidaturas Tasso e Serra, segundo ele inviáveis. E sugere que o candidato tucano à sucessão de FHC é "J. Pinto Fernandes", aquele, do poema de Drummond, "que não tinha entrado na história". Quem será?

Educação...
Marta Suplicy também ouviu um não de Viviane Senna, que foi convidada há cerca de um mês para a Secretaria de Educação, após a recusa de Mario Sergio Cortella. A petista já tentou Cristovam Buarque, Fernando Morais, Ricardo Semler...

... à distância
Ao recusar o cargo, Viviane Senna alegou a Marta que já cumpre um papel público no Instituto Ayrton Senna. Os estatutos da entidade também a impediriam de exercer cargos públicos ou de estar vinculada a partidos políticos. Paciência.

Dia D
A cúpula do PFL tem almoço marcado na casa de ACM dia 27. É a última oportunidade para que repita frente a frente com o colega baiano o que diz nas suas costas: ou ele traz os cem votos da oposição que prometeu para Inocêncio Oliveira ou os pefelistas se rebelam e fecham um acordo com o PMDB.

Pânico a bordo
O PFL teme perder até 30 deputados se ficar de fora das Mesas do Congresso. A saída seria fazer um acordo com o PMDB para eleger Inocêncio na Câmara e Jader Barbalho no Senado. Problemas: ACM veta e os peemedebistas já se comprometeram com Aécio Neves (PSDB).

Chefe querido
FHC convidou Paulo Renato (Educação) para acompanhá-lo na viagem que faz hoje ao Rio. A assessoria do ministro comemorou. Seria a prova cabal de que o presidente não ficou tão aborrecido assim por ele ter ido ao casamento da neta de ACM.

Visita à Folha
Everardo Maciel, secretário da Receita Federal, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Marcos Rodrigues de Mello, delegado de Julgamento da Receita Federal, e Flávio Del Comuni, superintendente da Receita Federal da 8ª Região Fiscal.

TIROTEIO
De ACM, sobre as CPIs propostas pelo PMDB:
- Fazem isso para evitar as CPIs do DNER e da Sudam. Mas eu assino todas as CPIs que eles quiserem. Quero ter a oportunidade para apresentar algumas empreiteiras que participam de favores para o PMDB. Estou certo de que eles vão adorar.

CONTRAPONTO

Bonita gravata...



Mário Covas participou anteontem do primeiro evento público fora do Palácio dos Bandeirantes desde que deixou o hospital. Esteve na inauguração do Centro de Controle Operacional, na rodovia dos Imigrantes, que fará o monitoramento de estradas paulistas.
Covas estava sem gravata. Já há algum tempo, o governador tem preferido usar suspensórios. Só coloca gravata em cerimônias especiais.
Quando Covas deixava o Centro de Controle Operacional, um homem se aproximou do governador e tocou no assunto. Cercado por assessores, todos engravatados, Covas brincou:
- Quem bota gravata no meu governo quer me humilhar...
Mais do que depressa, o rapaz começou a desfazer o nó da sua própria gravata.
Rindo, Covas o interrompeu:
- Você, não. Não precisa tirar. Está muito elegante...


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