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São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

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Mercado foi o destinatário da carta a brasileiros

DA REPORTAGEM LOCAL

Em junho de 2002, no auge da inquietação do mercado financeiro com a possibilidade de vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial daquele ano, Lula e a cúpula petista divulgaram um texto intitulado "Carta ao Povo Brasileiro".
No documento, o candidato assumia o compromisso de manter o controle da inflação, afastava a possibilidade de qualquer rompimento com o FMI (Fundo Monetário Internacional) -o documento falava em respeito aos contratos e "obrigações" do país- e prometia responsabilidade fiscal. "Vamos preservar o superávit primário o quanto for necessário para impedir que a dívida interna aumente e destrua a capacidade do governo de honrar seus compromissos", dizia o texto do documento.
Sobre uma suposta "transição" para "outro modelo" econômico, era dito que ela não se faria "num passe de mágica" nem seria "produto de decisões unilaterais do governo".
Por bater de frente com o discurso histórico do partido e servir para gerir as ansiedades do mercado financeiro, o documento foi apelidado à época, pela esquerda do PT, de "Carta aos Banqueiros".



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