São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

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Aumento pode não ser votado em fevereiro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Deputados não estão confiantes de que conseguirão votar o aumento dos próprios salários no início da próxima legislatura, em fevereiro, conforme foi acertado na noite de anteontem. Pressionados pela má repercussão da medida, eles descartaram reajustar neste ano sua remuneração em 91%.
A avaliação de uma parcela da Câmara é que os novos deputados, eleitos em outubro, não vão querer assumir o mandato já discutindo esse tema, considerado impopular. Há quem ache que tão cedo não haverá condições políticas para retomar essa discussão, mesmo que seja para um reajuste menor.
"Acho difícil, até porque o governo vai estar começando", disse o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ). "Esse assunto acabou. Os deputados que estão chegando não vão querer discutir", afirmou Arnaldo Madeira (PSDB-SP).
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) propôs que sejam realizadas audiências públicas para discutir o valor da remuneração antes que o assunto vá para plenário.
"Temos que realizar audiências públicas para que a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), por exemplo, não só no discurso, nos ajude a construir uma proposta. Temos que discutir também a questão do Judiciário, com sua caixa preta remuneratória", disse.


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