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Aumento pode não ser votado em fevereiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Deputados não estão confiantes de que conseguirão
votar o aumento dos próprios salários no início da
próxima legislatura, em fevereiro, conforme foi acertado
na noite de anteontem. Pressionados pela má repercussão da medida, eles descartaram reajustar neste ano sua
remuneração em 91%.
A avaliação de uma parcela
da Câmara é que os novos deputados, eleitos em outubro,
não vão querer assumir o
mandato já discutindo esse
tema, considerado impopular. Há quem ache que tão cedo não haverá condições políticas para retomar essa discussão, mesmo que seja para
um reajuste menor.
"Acho difícil, até porque o
governo vai estar começando", disse o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ). "Esse assunto acabou. Os deputados
que estão chegando não vão
querer discutir", afirmou Arnaldo Madeira (PSDB-SP).
O deputado Chico Alencar
(PSOL-RJ) propôs que sejam realizadas audiências
públicas para discutir o valor
da remuneração antes que o
assunto vá para plenário.
"Temos que realizar audiências públicas para que a
CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), por
exemplo, não só no discurso,
nos ajude a construir uma
proposta. Temos que discutir também a questão do Judiciário, com sua caixa preta
remuneratória", disse.
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