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NO AR
Aos amigos
NELSON DE SÁ
EDITOR DE ILUSTRADA
E no fim Lula vai fazendo
sua reforma "sem demitir
os amigos".
O presidente passou gente de
lá para cá e, pelo jeito, deve
manter até Benedita da Silva,
cuja demissão "era quase certa",
segundo a Globo.
Parece que ela fica como secretária de Políticas para a Mulher,
embora a cobertura não diga o
que será da atual secretária.
Talvez a secretaria se divida em
duas.
Já não se sabe bem o que diferencia tantos nomes de secretarias, ministérios, assessorias especiais e lideranças do governo
no Congresso.
Uma hora se diz que Aldo Rebelo vai cuidar do Ministério da
Articulação Política, outra hora
o nome é Ministério Extraordinário das Relações Políticas, outra hora é Secretaria da Coordenação Política.
E nada de esclarecer se ele vai
responder, afinal, ao presidente
ou a José Dirceu.
Outros amigos ficaram. A
Band confirmou que "Miro Teixeira será o líder do governo na
Câmara".
Também já se confirmou que
José Graziano deixa o Fome Zero e muda para o palácio como
assessor para, entre outros temas, Fome Zero.
A barafunda continuou e chegou a envolver, ontem, Ricardo
Berzoini (Previdência Social) no
lugar de Jaques Wagner (Trabalho), por sua vez no lugar de
Tarso Genro (Desenvolvimento
Econômico e Social), por sua vez
no lugar de Cristóvam Buarque
(Educação).
Buarque não é "amigo" e seria
espirrado para o Congresso.
Sem direito a brinde no Jornal
Nacional.
A manutenção da taxa de juros pelo Banco Central esteve
longe de concentrar a atenção
dos telejornais dos últimos dias.
Mas não faltaram reações pontuais, algumas carregadas na
retórica.
Para Míriam Leitão, "o Banco
Central poderia, sim, ter reduzido a taxa".
Para Geraldo Alckmin, na Jovem Pan, a decisão foi "ducha
de água fria na economia". Para Delfim Netto, o BC acreditou
nas "anedotas da FGV" e mostrou ser "covarde".
Entre uma obra e outra, a prefeita Marta Suplicy teve que falar sobre Rita Lee.
A cantora, segundo a Jovem
Pan, declarou no Rio que São
Paulo não sabe fazer festa e que
falta personalidade às mulheres
paulistanas.
Marta, que não era o alvo pois
as críticas obviamente não cabem, creditou tudo ao "estilo irreverente" da artista.
E foi inaugurar um "corredor
cultural" no centro velho.
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