São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

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NO AR

Aos amigos

NELSON DE SÁ
EDITOR DE ILUSTRADA

E no fim Lula vai fazendo sua reforma "sem demitir os amigos".
O presidente passou gente de lá para cá e, pelo jeito, deve manter até Benedita da Silva, cuja demissão "era quase certa", segundo a Globo.
Parece que ela fica como secretária de Políticas para a Mulher, embora a cobertura não diga o que será da atual secretária. Talvez a secretaria se divida em duas.
Já não se sabe bem o que diferencia tantos nomes de secretarias, ministérios, assessorias especiais e lideranças do governo no Congresso.
Uma hora se diz que Aldo Rebelo vai cuidar do Ministério da Articulação Política, outra hora o nome é Ministério Extraordinário das Relações Políticas, outra hora é Secretaria da Coordenação Política.
E nada de esclarecer se ele vai responder, afinal, ao presidente ou a José Dirceu.
Outros amigos ficaram. A Band confirmou que "Miro Teixeira será o líder do governo na Câmara".
Também já se confirmou que José Graziano deixa o Fome Zero e muda para o palácio como assessor para, entre outros temas, Fome Zero.
A barafunda continuou e chegou a envolver, ontem, Ricardo Berzoini (Previdência Social) no lugar de Jaques Wagner (Trabalho), por sua vez no lugar de Tarso Genro (Desenvolvimento Econômico e Social), por sua vez no lugar de Cristóvam Buarque (Educação).
Buarque não é "amigo" e seria espirrado para o Congresso. Sem direito a brinde no Jornal Nacional.
 
A manutenção da taxa de juros pelo Banco Central esteve longe de concentrar a atenção dos telejornais dos últimos dias. Mas não faltaram reações pontuais, algumas carregadas na retórica.
Para Míriam Leitão, "o Banco Central poderia, sim, ter reduzido a taxa".
Para Geraldo Alckmin, na Jovem Pan, a decisão foi "ducha de água fria na economia". Para Delfim Netto, o BC acreditou nas "anedotas da FGV" e mostrou ser "covarde".
 
Entre uma obra e outra, a prefeita Marta Suplicy teve que falar sobre Rita Lee.
A cantora, segundo a Jovem Pan, declarou no Rio que São Paulo não sabe fazer festa e que falta personalidade às mulheres paulistanas.
Marta, que não era o alvo pois as críticas obviamente não cabem, creditou tudo ao "estilo irreverente" da artista.
E foi inaugurar um "corredor cultural" no centro velho.


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