DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá início hoje a sua segunda viagem internacional deste ano e a 20ª desde que tomou posse, em janeiro do ano passado -vai à Índia e, na volta, passa pela Suíça.
Até ontem, o Planalto mantinha sob sigilo a comitiva integral que acompanhará o presidente e a estimativa de custo da viagem.
A comitiva divulgada é composta por seis ministros (Relações Exteriores, Educação, Desenvolvimento, Planejamento, Turismo e Combate à Fome) e quatro convidados, além da primeira-dama, Marisa Letícia, e do assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia -que já está na Índia, onde participou do Fórum Social Mundial.
Os convidados são o ex-presidente da Argentina Eduardo Duhalde, os governadores Roberto Requião (PR) e Zeca do PT (MS) e o presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Clayton Campanhola.
Mesmo depois de perder o cargo na reforma ministerial, o ministro José Graziano (Combate à Fome) permanecia ontem na comitiva, mas sua assessoria informou que ele não irá mais à Índia. Graziano pretende tirar férias para decidir seu futuro político.
Segundo a Secretaria de Imprensa do Planalto, a comitiva integral somente será conhecida após a publicação dos nomes dos acompanhantes no "Diário Oficial" da União, prevista para hoje.
Também viajam à Índia cerca de 80 empresários interessados em fazer negócios naquele país. Eles têm programação à parte e arcam com suas despesas.
Lula embarca hoje para Nova Déli, às 22h, com chegada prevista para as 9h de domingo (horário local). Ele fica no país até o dia 28, quando embarca para Genebra (Suíça) para participar de um seminário econômico.
Antes de viajar, Lula estará presente hoje em São Paulo na inauguração da fonte do Ibirapuera, em comemoração dos 450 anos da capital paulista.
A visita à Índia tem caráter comercial e político. O Brasil tem interesse em fortalecer o comércio com a Índia, país de 1 bilhão de habitantes com um mercado consumidor estimado em 200 milhões de pessoas.
Além do comércio bilateral, Lula quer fortalecer o chamado G3, formado por Brasil, Índia e África do Sul, com a intenção de aumentar sua força nas negociações internacionais e obter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Em Genebra, o presidente vai propor a criação de uma "CPMF internacional" para financiar o combate à fome e à miséria em países pobres.


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