DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PR (sigla derivada da união do PL e Prona), que conquistou 25 vagas na Câmara nas últimas eleições, é o partido que mais avançou nas negociações para atrair deputados.
O líder do Partido da República, Luciano Castro (RR), diz que a legenda já estaria com 35 deputados garantidos para fevereiro. A Folha conseguiu confirmar 34, o que já representará uma alta de 36% em relação aos eleitos.
Indagado se esse crescimento não seria um divórcio entre a vontade do eleitor na urna e o que se passa com os partidos no Congresso, Castro respondeu: "O eleitor, se a gente for perguntar mesmo, ele nunca vota pensando no partido".
Outro caso semelhante de aumento se dá no PP -partido herdeiro direto da Arena, a sigla que deu sustentação à ditadura militar (1964-1985) e hoje apóia Lula. O líder pepista, Mário Negromonte (BA), diz que a agremiação vai subir dos 41 eleitos para 48 ao longo de fevereiro.
O PMDB terá um pouco de dificuldade para aumentar a sua bancada por um motivo curioso: já é o mais numeroso do Congresso e muitos políticos preferem siglas médias, onde têm mais possibilidade de ascender.
Em outubro passado, o PMDB saiu das urnas com 89 deputados. É possível que chegue a 94, segundo estimativas preliminares.
O PT, a exemplo do que ocorreu em legislaturas passadas, deve manter o número de 83 deputados eleitos nas urnas.
Entre a eleição de 2002 e a posse em 2003, a dupla PL (atual PR) e PTB cresceu de 58 para 81 deputados na Câmara. (FR)


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