São Paulo, quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

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Cortes serão feitos com bisturi, e não com facão, reage ministro

Paulo Bernardo reitera suspensão de reajustes e diz que corte será em custeio

LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na tentativa de rebater críticas quanto à capacidade do governo de efetivamente fazer um corte de R$ 20 bilhões nas despesas públicas, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse que o ajuste do Orçamento não pode ser feito de forma linear. Segundo ele, não haverá reajuste aos servidores.
"Muitas vezes as pessoas acham que estamos demorando. Mas não dá para cortar com facão, tem que ser com bisturi para não sairmos decepando. Na verdade, estamos reconstruindo o Orçamento", disse.
Bernardo voltou a falar que os cortes vão ocorrer no custeio (gastos com compras, aluguéis e viagens) e nos investimentos tidos como não-prioritários. Também disse que permanecem cancelados os reajustes dos servidores.
Em relação à ameaça de greve feita por algumas categorias, o ministro salientou que não há condições de o governo federal honrar compromissos de aumento salarial negociados anteriormente e que as normas legais que regem greves deflagradas por categorias do serviço público serão cumpridas.
Hoje, diretores da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal) se reúnem com o secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, para discutir o reajuste dos servidores. A confederação representa mais de 700 mil servidores.


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