São Paulo, sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

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PARÁ

Justiça condena sem-terra por cárcere privado

DA AGÊNCIA FOLHA

O sem-terra Ademar Ribeiro de Souza, 42, foi condenado a um ano e seis meses de prisão pela Justiça Federal do Pará, por ter mantido em cárcere privado uma funcionária do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Tucuruí (460 km de Belém), nordeste do Estado.
Souza liderou a invasão do escritório do órgão em fevereiro de 2000 do qual a servidora foi impedida de sair por 30 horas. O agricultor fazia parte do extinto Movimento Tucuriense de Sem Terra.
Souza, que responde a outros processos por cárcere privado, teve a prisão preventiva decretada em julho de 2004. Atualmente, ele aguardava a sentença em um presídio em Marabá. Para o advogado José Batista Afonso, coordenador nacional da CPT (Comissão Pastoral da Terra) que atuou inicialmente no caso, a acusação contra Souza é uma tentativa de punir lideranças dos movimentos sociais e criminalizar suas ações.
A Folha localizou uma advogada dativa (remunerada pelo Estado) de Souza, mas ela não tinha informação. A servidora estaria de férias do Incra de Tucuruí. (SÍLVIA FREIRE)


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