São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2007

Texto Anterior | Índice

Toda Mídia

Nelson de Sá

Maior do que se pensava

Com o título acima, "Bigger than thought", a "Economist" nem por isso deixou de ironizar que, agora, o Brasil é "menos retardatário" e "um pouco mais respeitável". Os números "mudam muitas medidas" e podem ajudar a obter uma nota de crédito melhor -até porque "há outras razões para pensar que o Brasil está melhor do que geralmente se imagina", citando funcionários do FMI que julgam ser "grosseiramente subestimado" o crescimento da renda familiar. E conclui ainda que é tudo mais um resultado das "reformas econômicas", que não devem parar. Em despacho de Nova York no final do dia, a Reuters noticiou que "a aversão dos investidores ao risco da dívida brasileira atingiu seu nível baixo recorde, após a revisão para cima no PIB".

A ÁFRICA E O ÁLCOOL
Da The New York Times", ecoou o conselho da agência de meio ambiente da ONU, ontem na Nigéria, para a África seguir os exemplos de Brasil e Alemanha, pela ordem, que fizeram "opções estratégicas" por energias alternativas -o primeiro com álcool, a segunda com energia eólica.

A ÍNDIA E O AÇÚCAR
O indiano "Economic Times" publicou, e o monitoramento de mídia da BBC destacou que os "exportadores da Índia rezam pelo sucesso do etanol do Brasil". Não que se interessem pelo biocombustível. Estão de olho na fatia do mercado mundial de açúcar que o Brasil pode vir a liberar.

"NÃO PEGOU FOGO"
O blog Energy Roundup, do site do "The Wall Street Journal", postou o trocadilho de que, "com toda a atenção política sobre o etanol, seu futuro parece brilhante", mas ele ainda não chegou ao mercado de futuros de Chicago e Nova York. "Relativamente novo", seus preços são presos a contratos de longo prazo.

MAIS DOHA
O "Financial Times" insiste com a rodada e saúda, em título, a "Esperança para as negociações comerciais após concessão do G33". É o grupo de "países pobres" que quer manter subsídios agrícolas. O G33 foi elogiado pelo chanceler Celso Amorim, que cobrou agora dos EUA.

TODOS CONTRA O YOUTUBE
Deu na primeira página do "Los Angeles Times" e foi parar nas manchetes do FT.com ao TechCrunch, já com o anúncio oficial. É o site ainda sem nome que a News Corp. (Fox, Sky, MySpace) e a NBC Universal (dos grupos GE e Vivendi), associadas a "vários outros gigantes da mídia", de Yahoo e Microsoft à Time Warner, estão criando para "desafiar o Google e seu serviço de troca de vídeos YouTube". O novo site, semelhante ao YouTube por não cobrar pelos vídeos e por tentar se manter com publicidade, estrearia em agosto/setembro com séries como "Heroes", da NBC, e "24h", da Fox.

foxnews.com - YouTube
Cena do vídeo com Hillary como Grande Irmão

"MASHUP"
A história está contada no "New York Times", traduzido no UOL. Arianna Huffington, do blog Huffington Post, viu a febre no YouTube (mais Fox News etc.) com o vídeo "mashup" que misturava um discurso de Hillary Clinton com um comercial baseado no Grande Irmão de "1984", de George Orwell. Acionou os seus amigos de Washington e, em poucas horas, postou que o autor era Philip de Vellis, que trabalha para a consultoria de Barack Obama, adversário de Hillary. A equipe de Obama e o autor, este no próprio Huffington Post, negam que seja ação da campanha.

ESCALADA
O "Guardian", citando o presidente Lula e o governador Sérgio Cabral, falou em "escalada da violência no Rio" ao noticiar ontem o envio de mais mil integrantes da "força de elite", a Força Nacional de Segurança, para "a zona norte, foco da violência".

REVOLUÇÃO
Sob o título "Lula empreende a revolução das favelas" e abrindo o texto com "Promessa ou realidade?", "El País" noticiou os milhões a serem investidos no Rio de Janeiro após a eleição de um governador "próximo do presidente, Jorge Cabral" (sic).

Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá


Texto Anterior: Questão indígena: Antropólogo Márcio Meira assume a Funai
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.