São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2010 |
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foco Aécio reajusta salário de 900 mil servidores a nove dias de deixar o governo
PAULO PEIXOTO DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE A nove dias de deixar o cargo, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), anunciou ontem reajuste salarial de 10% a 15% para todos os servidores ativos e aposentados do Estado -cerca de 900 mil pessoas. Esse foi o reajuste que envolveu o maior número de servidores ao longo de sete anos e três meses da gestão Aécio, cuja despesa com pessoal está muito próxima do limite prudencial de 46,55% da receita corrente líquida definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Está em 46,16% -o máximo é 49%. O tucano, que nega a hipótese de ser vice na chapa com José Serra (SP), deve concorrer ao Senado e, pela alta avaliação de seu governo (73% de ótimo ou bom, segundo o Datafolha), tem grandes chances de obter a vaga. Por isso, sua principal tarefa, como ele próprio diz, será fazer do vice Antonio Anastasia (PSDB) o seu sucessor. Aécio e Anastasia vinham sendo pressionados com manifestações e mobilizações de médicos, professores e policiais civis e militares. Ao anunciar o reajuste, o governador disse que foi feito um "esforço hercúleo" para dar o aumento "acima das expectativas", lembrando dos "limites que impõe" a lei. O impacto anual na folha será de R$ 1,1 bilhão. De acordo com dados da Secretaria da Fazenda, o valor bruto anual com pessoal em 2009 somou R$ 15,2 bilhões. O impacto será de 7,2%. Segundo o secretário da Fazenda, Simão Sirineu, a expectativa de crescimento anual do ICMS (o principal imposto estadual) é da ordem de 13%. Esse é o percentual de crescimento alcançado no primeiro bimestre, em comparação com o primeiro bimestre de 2008, ano em que a economia estava aquecida. Em relação ao mesmo período de 2009, o ano da crise, o crescimento é de 16%. Historicamente com maior poder de pressão, as polícias Civil e Militar, além dos bombeiros e agentes penitenciários, terão reajuste maior (15%). O piso salarial dos policiais será de R$ 2.041. Os professores terão 10% de reajuste, e o piso salarial anunciado passará dos atuais R$ 850 para R$ 935 (para 24 horas semanais). Os médicos terão gratificação de 20,7% incorporada ao salário e em seguida terão o reajuste de 10% calculado. Nos anos anteriores, além dos ganhos por produtividade, os reajustes e gratificações foram por setores do funcionalismo. Os policiais foram os que mais receberam. Texto Anterior: Temer quer que partido governe "junto" com PT Próximo Texto: Falta tempo para inaugurar obras, diz Serra Índice |
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